Em artigo no portal Capire, integrantes da coordenação do Jubileu Sul Brasil analisam os desafios para enfrentar a hegemonia do capital financeiro.

“As dívidas financeiras e sociais são resultados de um passado de extorsão, exploração e aniquilamento de povos originários, negros, mulheres e outros grupos que sofrem os impactos de um modo de produção que executa a necropolítica, ou seja, a eliminação de vidas descartáveis para o capital. Nesse sistema, nenhum povo alcançará sua soberania financeira, pois seguirá dependente”, afirmam a socióloga Rosilene Wansetto e as economistas Sandra Quintela e Talita Guimarães. Confira a íntegra. 

Juros da dívida consumiram 25% da receita fiscal do Brasil em 2022

Entre os países da América Latina e Caribe, o Brasil é o terceiro que mais gasta com pagamento de juros da dívida pública: foram 25% das receitas fiscais do país em 2022, segundo o relatório Situação Econômica Mundial e Perspectivas para 2024, da ONU.  Colômbia e Costa Rica lideram o ranking, com 30% da receita fiscal consumida pelos juros de endividamento. 

Para 2024, vale destacar que o orçamento federal prevê despesas de R$ 5,5 trilhões, das quais mais de 40%, ou R$ 2,4 trilhões, vão para o refinanciamento da dívida pública (sendo R$ 1,7 trilhão somente para rolagem da dívida, quando o pagamento é adiado e o governo toma mais empréstimos para quitar a médio e longo prazo). Saiba mais. 

Trabalho escravo: mais de 3.000 pessoas foram resgatadas em 2023

Estados do Sudeste concentram o maior número de ações e resgates: 1.113 trabalhadores. Foto: Divulgação/MTE

3.190 trabalhadores e trabalhadoras em condições análogas à escravidão foram resgatados em 2023 nos 598 estabelecimentos rurais e urbanos fiscalizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – foi o maior total de pessoas resgatadas dos últimos 14 anos. 

 Para a Comissão Pastoral da Terra – CPT, organização membro do Jubileu Sul Brasil, “É sempre bom lembrar que número não é realidade: somente a parte do iceberg que a vigilância da sociedade e as investigações do poder público conseguem trazer para a superfície visível”.  “Quantas pessoas em trabalho análogo à escravidão não foram resgatadas e seguem nesta situação? Quantas denúncias e investigações deixaram de ser feitas?”, questiona a CPT.  Leia mais na análise dos dados do MTE. 

Jubileu Sul Brasil à TeleSur: ‘Não aceitamos golpe, nem perdão a golpistas’

Em entrevista ao programa ‘Notables’, a secretária executiva do Jubileu Sul Brasil, Rosilene Wansetto, ressaltou a importância da mobilização popular pelas ruas do país neste 8 de janeiro e falou dos desafios do governo atual no combate à fome e a pobreza que se aprofundaram na gestão Bolsonaro. Assista.

Educação popular, caminho que emancipa mulheres

Formação com mulheres na ocupação Coliseu 3, em Manaus (AM). Foto: Patrícia Cabral

A educação popular se constitui como metodologia de base fundamental, mas o que isso significa? É o reconhecimento dos saberes e experiências cotidianas de todas as mulheres e outras pessoas envolvidas nos processos e iniciativas. Significa reconhecer todas as realidades culturais, sociais, econômicas e religiosas, na construção de novos saberes e na organização popular, em vista das transformações e avanços desejados. 

Esses processos formativos tanto colocam luz em temas gerais, como aguçam e fortalecem o interesse das mulheres a respeito de questões  específicas de seus territórios e realidades locais. Assim refletem sobre seus direitos, promovem a organização popular e conseguem interferir em suas realidades e destinos. O tema é pauta da reportagem publicada na Revista Ação Mulheres, que convidamos  a leitura. 

Fortuna dos 5 super ricos dobra desde 2020, enquanto 60% da humanidade fica mais pobre

US$ 14 milhões acumulados por hora desde 2020. Foi assim que os cinco homens mais ricos do mundo dobraram suas fortunas – um aumento de 114%, de US$ 405 bilhões para US$ 869 bilhões. Ao mesmo tempo, 60% da humanidade – quase cinco bilhões de pessoas – ficaram mais pobres no período. É o que aponta o relatório “Desigualdade S.A. – Como o poder corporativo divide nosso mundo e a necessidade de uma nova era de ação pública“, da Oxfam.

A maior parte dessa riqueza está concentrada nas mãos de bilionários do Norte Global e das grandes companhias multinacionais. Essas empresas e os super ricos atuam evitando o pagamento de impostos, contribuem para o colapso climático e pressionam a privatização de serviços públicos.  Acesse para saber mais. 

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