“O Brasil que Temos” é o tema do encontro que pretende analisar e propor ações de transformação social no Brasil. A Rede Jubileu Sul Brasil integra a coordenação da 6ª Semana Social Brasileira e soma forças na construção do projeto popular “O Brasil que queremos: o bem viver dos povos”.

Mesa de Abertura do Seminário Nacional o Brasil que temos. Fotos: Nívea Martins/CB

Por redação | JSB*

Teve início na tarde desta quarta-feira (1º/3), o Seminário Nacional “O Brasil que temos”. O encontro é organizado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Cepast-CNBB), por meio de suas Pastorais Sociais e dos Movimentos Populares que contribuem na mobilização da 6ª Semana Social Brasileira (6ªSSB). O Seminário ocorre na Casa de Encontros Dom Luciano Mendes de Almeida, em Brasília.

O Seminário foi aberto por um momento de acolhida e mística com a proclamação do evangelho que narra a multiplicação dos pães, quando a multidão que seguia Jesus estava em um lugar deserto, e já entardecia, o povo tinha fome. Após questionamentos dos apóstolos, Jesus lhes responde: “Dai-lhes vós mesmo de comer” (Mt 14,16). Eles conseguem apenas cinco pães e dois peixes. Jesus realiza a multiplicação dos pães, em seguida pede aos discípulos para distribuir às pessoas. Todos e todas comeram e ainda sobrou.

Os trabalhos seguiram com a composição da mesa de abertura com os bispos da Cepast e representantes das equipe executiva das pastorais sociais dos Regionais da CNBB.

Sandra Quintela, articuladora da Rede Jubileu Sul Brasil coordena momento de análise de conjuntura no primeiro dia do Seminário Nacional “O Brasil que temos”. Foto: Cláudia Pereira/Articulação das Pastorais do Campo

“É importante percebermos a importância das pastorais sociais neste contexto que tivemos e estamos. Ainda vemos muitas comunidades sendo despejadas, assassinatos de povos indígenas, percebemos nas periferias de nossas cidades os nossos irmãos que morrem sem um lugar digno. Estas inquietações devem estar presentes em nossa mente e coração”, disse Dom José Valdeci Santos Mendes, presidente da CEPAST.

A articuladora da Rede Jubileu Sul Brasil, Sandra Quintela, destaca a importância da participação dos movimentos e organizações populares na construção do projeto popular. “Sem as organizações populares de base, que tem dado sua voz e grandes contribuições para a construção de uma outra perspectiva para esse país, não seria possível darmos continuidade a esse processo que segue a partir da 6ª Semana Social Brasileira, do nosso esforço coletivo para seguirmos nessa tarefa de lutar pela democracia e na construção do popular para o Brasil”, destaca.

O seminário irá até sexta-feira (3/3), e terá momentos importantes de debates, celebração eucarística, aprofundamento sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2023, rodas de conversa, entre outros. 

Momento de oração na abertura do Seminário Nacional “O Brasil que temos”

As Semanas Sociais Brasileiras são mobilizadas pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Cepast-CNBB). São realizadas de forma coletiva com as Pastorais Sociais, Igrejas Cristãs, no diálogo inter-religioso, Movimentos Populares, Associações, Sindicatos e Entidades de Ensino, na pluralidade cultural e étnica do Brasil. A SSB articula as forças populares e intelectuais para o debate de questões sociopolíticas do país, para uma ação Sociotransformadora.

Nesta 6ª edição da SSB – iniciada em 2020 e segue até 2023 – o tema pautado é o “Mutirão pela Vida: por Terra, Teto e Trabalho e os eixos: Democracia, Economia e Soberania”, e com a proposta da construção do Projeto Popular “O Brasil que queremos: o Bem Viver dos povos”, a partir dos acúmulos das cinco edições anteriores.

*Com informações de Henrique Cavalheiro | Conselho Pastoral dos Pescadores

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