A Rede Brasil lançou, recentemente, a sexta edição da revista Contra Corrente. Este número teve como tema central o novo banco de desenvolvimento dos BRICS e o contexto internacional e nacional de sua criação no debate sobre desenvolvimento. A elaboração deste número teve a colaboração da Rede Jubileu Sul em seu processo de edição.

A revista traz artigos sobre a recente votação em junho, na ONU, sobre diretiva internacional em constituição que pode responsabilizar empresas transnacionais por violações de direitos humanos. Neste artigo, é debatida a posição dos BRICS no tema que é de cada vez maior relevância na agenda internacional. Da mesma forma, João Roberto Lopes Pinto e Carlos Tautz, do Mais Democracia, debatem no cenário do aumento da oferta de financiamento a atores privados no regime de desenvolvimento proposto pelos BRICS, o papel e o provável beneficiamento de setores e personagens já bastante contemplados em benefícios pelo poder público dos cinco países do bloco.

No contexto brasileiro, dois artigos debatem e cruzam o anúncio das novas possibilidades de financiamento ao desenvolvimento com as violações cometidas pelo casamento do setor público e privado em eventos como a Copa da Mundo FIFA 2014. Da mesma forma, em desses artigos, de autoria de militantes da Marcha das Mulheres do Ceará, a preocupação com o que poderiam ser as consequências de novas possibilidades de financiamento ao desenvolvimento na região, gerando impactos socioambientais e prejuízo aos direitos das mulheres, é evidenciado no contexto de luta e mobilização na região Nordeste do Brasil.

Na parte final da publicação, Leonardo Ramos, professor do departamento de Relações Internacionais da PUC-Minas e coordenador do Grupo de Pesquisa em Potências Médias (GPPM) da mesma universidade, toca na relevante e necessária contextualização do surgimento dos BRICS no ambiente de politização de vários temas da agenda internacional na esfera do G20. Leonardo mostra que uma reflexão mais profunda sobre recentes polarizações na economia política internacional precisa ser feita para entender o grau de mudança ou, quem sabe, continuidade, proposto pelos BRICS enquanto um bloco econômico. Ainda, no contexto da cooperação internacional brasileira com países africanos, Anabela Lemos, da organização Justiça Ambiental, de Moçambique, contextualiza o Programa ProSavana no que pode representar o novo desenvolvimentismo dos BRICS para os pequenos agricultores moçambicanos e africanos.

Confira a revista no link:
http://issuu.com/guilhermeresende/docs/revista_contracorrente___6.

Fonte: Rede Brasil

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