O manifesto conta o apoio da Rede Jubileu Sul Brasil e busca servir como um instrumento de diálogo com as candidaturas populares para incidir em suas propostas de governo a partir das demandas de setores da sociedade que esperam uma política econômica que esteja preocupada em atender as necessidades cotidianas da população desde seu planejamento.

Live de lançamento aconteceu na segunda-feira (15). O manifesto segue aberto para novas adesões.

O manifesto foi produzido a partir das contribuições recebidas durante os encontros virtuais de seminário de mesmo nome, realizado em julho pela própria coalizão. Os eventos contaram com a participação de dezenas de pessoas representantes das organizações da sociedade civil, movimentos sociais e entidades de classe, vindas de todas as regiões do país para discutirem a política econômica do cotidiano e os efeitos do Teto de Gastos sobre as áreas sociais .

Para Denise Carreira,  uma das autoras do manifesto, essa diversidade é um dos elementos que dão mais força para o documento. “As necessidades econômicas da sociedade brasileira são tão diversas quanto ela própria, e o manifesto acolhe essa pluralidade de demandas justamente por ter sido elaborado por pessoas diferentes, negras, indígenas, periféricas e do campo, que devem ser prioridade da gestão dos recursos públicos”, destaca.

Composto por uma lista de pontos estruturais para a construção de um plano de desenvolvimento que combata as desigualdades em vez de promovê-las, o manifesto  reclama pela democratização da gestão da política econômica, historicamente concentrada nas mãos de grupos brancos e elitizados. 

O manifesto está disponível online e a coalizão vai utilizar um formulário para receber a adesão de organizações e de pessoas que compartilhem da demanda por políticas de cuidado com a vida e em busca da concretização de um projeto de sociedade radicalmente comprometido com a justiça social, racial, de gênero e ambiental. 

Melisanda Trentin, representante das organizações Justiça Global e Plataforma Dhesca e integrante da secretaria executiva da Coalizão, explica que “após a coleta de assinaturas, o manifesto será entregue às candidaturas populares para contribuir com a elaboração de planos econômicos e para cobrar do Estado sua responsabilidade social”, adverte.

A live de Lançamento do manifesto contou com a participação de Cristiane Faustino, coordenadora do Instituto Terramar, Denise Carreira, relatora nacional de direitos humanos da Plataforma Dhesca e coordenadora de Educação da Ação Educativa, Livi Gerbase, assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC), e Rutian Pataxó, secretária geral do (MUPOIBA) e coordenadora executiva da Associação Nacional de Ação Indigenista (ANAI).

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