Greve começou no dia 17 e expectativa é por diálogo com direção da estatal

Empresa atua na geração, transmissão e venda de energia elétrica nas cinco regiões do país. Foto: Furnas Centrais Elétricas

Redação | Com informações da Rede Brasil de Fato e Canal Energia

A greve da Eletrobras, deflagrada nesta segunda-feira, 17 de janeiro, tem adesão de 80% de funcionários no setor administrativo, segundo o diretor da Associação de Empregados da Eletrobras Emanuel Torres. A estatal está realizando somente os serviços emergenciais. A paralisação abrange a holding da Eletrobras, Furnas e Cepel.

Ainda de acordo com o representante da associação, eles aguardam a direção da Eletrobras e das subsidiárias para abertura de diálogo e negociação de maneira a alcançar um entendimento. A greve foi desencadeada devido a alteração no custo do plano de saúde dos funcionários, que passará a 40%.

Redução de custos e direitos

De acordo com os sindicalistas, a empresa quer aumentar a participação dos trabalhadores no plano de saúde. A decisão foi unilateral e a participação sobe de 10% para 40%, a partir do mês que vem. “A intenção é diminuir sua participação no plano de saúde visando à privatização da Eletrobras. Ou seja, promove redução de custos ao tirar direitos conquistados pelos trabalhadores para atrair mais interessados”, diz o Sinergia SP CUT, sindicato do setor no estado de São Paulo. Com o aumento, muitos funcionários também não conseguiriam sequer manter o plano devido ao custo.

Os trabalhadores afirmam ainda que a direção de Furnas quer alterar o plano com base em uma liminar de processo de dissídio instaurado pela própria empresa no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Assim, a greve de Furnas pede que nada seja alterado até uma decisão final da Justiça. Na semana passada, a presidenta do TST, ministra Maria Cristina Peduzzi, determinou manutenção de contingente mínimo de 80% em cada setor ou unidade da empresa durante a greve.

Sobre Furnas

Furnas é uma empresa do sistema Eletrobras, que está na mira de privatizações do governo. Em 2020, último dado disponível, teve lucro líquido de R$ 2,568 bilhões. Fechou o ano com 2.827 funcionários efetivos, praticamente o mesmo número de 2019 (2.832) e 7% abaixo de 2018 (3.037). A companhia atua na geração, transmissão e venda de energia elétrica em 15 estados nas cinco regiões do país, além do Distrito Federal.

Soberania elétrica

Em 2021, a Rede Jubileu Sul e Jubileu Sul/Américas atuaram na organização do Seminário Soberania e Integração Elétrica Regional – Modelo Energético Atual: Desenvolvimento para quem e para quê?, em conjunto de entidades brasileiras e paraguaias entre os dias 24 e 26 de novembro. A iniciativa resultou na publicação da carta: Soberania e Integração Elétrica Regional.

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