Com o objetivo de lançar o olhar para o futuro, a Rede realizou a escuta mútua das experiências vividas para planejar os próximos passos e seguir nas lutas coletivas.

Foto: Osnilda Lima

Por redação | JSB

No domingo (19), segundo dia de reunião da coordenação da Rede Jubileu Sul Brasil, que reúne representantes das 27 organizações membro, o grupo realizou a escuta mútua, a partir de duas perguntas motivadoras: Quais pontos de destaque da agenda da sua organização em 2022 que convergiram com a agenda Rede Jubileu Sul Brasil? Quais são as prioridades, agendas, ações da sua organização para 2023 que convergem para a agenda da Rede Jubileu Sul Brasil?

A escuta foi marcada pela identificação de convergências de lutas e perspectivas de fortalecimento da Rede. Entre as ações destacam-se as lutas por reparações das dívidas sociais, a partir das mulheres, a luta por moradia e pelo fim do sistema da dívida pública que retira direitos sociais, enquanto enriquece o setor bancário e financeiro.

“O Centro Dandara ainda não saiu da pandemia. No atendimento diário às mulheres, seguimos percebendo a urgência da fome e a violência crescente. A Rede Jubileu está sendo fundamental para seguirmos de portas abertas para essas mulheres em São José dos Campos (SP)”, relatou Fabiana Costa. 

“Na pandemia foram realizadas ações de solidariedade, mas sempre refletindo o cuidado como ação política e com olhar crítico para os oportunistas que realizam assistencialismos. Procuramos fortalecer os grupos produtivos e as vivências comunitárias, processo que também está relatado em um livro onde contamos a experiência com o Sisteminha, metodologia para criação comunitária de alimentos com mutirão e partilha, que contrapõe a lógica individualista do empreendedorismo”, compartilhou Igor Moreira, membro do Movimento de Conselhos Populares (MCP).

Articuladoras da Rede Jubileu Sul Brasil, para a Ação Mulheres por reparação das dívidas sociais em Manaus, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, Fortaleza, São Paulo e Porto Alegre também compartilharam as iniciativas e lutas nos territórios

Ao apresentar o caminho para o 29º Grito dos Excluídos e Excluídas, Karina da Silva Pereira destacou o lema permanente “Vida em primeiro lugar” e com o tema “Você tem fome e sede de quê?”. Também resgatou a história de parcerias entre Grito e o Jubileu Sul Brasil. Para esse ano, estão sendo produzidos os materiais com os seguintes eixos:  educação, saúde, reforma agrária e desigualdade.

Ao apresentar a Rede Nacional Feminista de Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, Karla Monteiro destacou a história de trabalho desde a década de 1990 para que os direitos sexuais e reprodutivos sejam incorporados como direitos humanos. Atualmente, a parceria com o Jubileu tem proporcionando a mobilização na luta por moradia, na “Ação Mulheres por reparação das dívidas sociais”.

O dia seguiu com partilhas da Associação de Favelas de São José dos Campos, Pastoral, Semana Social Brasileira, Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental, Frente por uma Nova Política Energética, Serviço Franciscano de Solidariedade – Sefras, Centro de Estudos Bíblicos, Serviço Pastoral do Migrante, Jubileu Sul Brasil Bahia e Cáritas Brasileira. 

Na apresentação, Cláudia Favaro formalizou publicamente a adesão da Rede Emancipa, Movimento Social de Educação Popular, no Rio Grande do Sul, como entidade membro da Rede Jubileu Sul Brasil. “A Rede Emancipa se aproximou da Rede Jubileu a partir da ação que realizamos em parceria, com pessoas em situação de migração, apoiando com documentação e orientações gerais. Já estamos atuando também na Ação ‘Mulheres por reparação das dívidas sociais’, e esse trabalho vem somar e fortalecer nossa ação nas periferias, especialmente com as mulheres que estão na linha de frente nas comunidades”, relatou.

A tarde do segundo dia também foi dedicada para a partilha dos passos dados nos eixos prioritários da Rede: Dívidas, Mulheres, Comunicação, Fortalecimento da Rede e Articulação.

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