Objetivo é disseminar informação de utilidade pública sobre o maior equipamento de Fortaleza voltado à prevenção e combate à violência contra as mulheres, por meio da Ação “Mulheres por reparação das dívidas sociais”, que a Rede Jubileu Sul Brasil promove na capital cearense e em Croatá
Por Flaviana Serafim – Jubileu Sul Brasil
Representantes da Rede Jubileu Sul Brasil (JSB) visitaram neste 15 de março a Casa da Mulher Brasileira em Fortaleza (CE). A visita foi realizada por Nenzinha Ferreira, articuladora da Ação “Mulheres por reparação das dívidas sociais”, e pela advogada Magnólia Said, do Esplar – Centro de Pesquisa e Assessoria, organização membro da Rede. A visita foi acompanhada por lideranças das comunidades onde a Rede atua na capital cearense, entre as quais Bete Silva, do Conjunto Palmeiras, e Cícera Martins, do Planalto Pici, além de representantes do bairro Jangurussu e da ocupação Raízes da Praia.
O objetivo é disseminar informação de utilidade pública sobre o maior equipamento de Fortaleza voltado à prevenção e combate à violência contra as mulheres, por isso as demais integrantes da equipe da ação também estiveram na visita, para que atuem multiplicando as informações nos espaços de atuação.
Daciane Barreto, coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, deu as boas vindas e foi feita uma rodada inicial de apresentação. Em seguida, a equipe da Casa apresentou a estrutura e os serviços disponíveis para acolher as vítimas de violência, com recepção, alojamento de passagem aquelas que sofrem risco iminente de morte e posterior remanejamento para abrigo temporário, atendimento psicossocial, e ainda oferta de cursos de capacitação profissional, brinquedoteca e espaço infantil às mulheres com crianças.
Num só lugar, as vítimas também têm acesso a toda a rede de enfrentamento à violência, formada por Delegacia de Defesa da Mulher, Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, núcleos do Ministério Público e Defensoria Pública. Com funcionamento 24 horas, desde a inauguração, em 2018, a Casa da Mulher Brasileira atendeu por ano em média 166 mil mulheres em situação de violência.
O Ceará é o 5º estado do país com mais casos de violência contra a mulher, com 161 casos em 2022, aponta o estudo Elas Vivem: dados que não se calam, divulgado neste mês de março pela Rede de Observatórios da Segurança. De acordo com a análise, no ano passado o Ceará deixou de liderar os transfeminicídios, mas houve alta nos casos de violência sexual. Também está entre os estados onde, a cada quatro horas, uma mulher sofre algum tipo de violência.
O JSB promove a Ação “Mulheres por reparações das dívidas sociais” numa parceria local com o Movimento dos Conselhos Populares (MCP), que também é organização membro da Rede, e com o Instituto Negra do Ceará (Inegra). Além de Fortaleza, a ação também ocorre junto a mulheres vulnerabilizadas em Croatá, na região metropolitana da capital.
As iniciativas da ação contam com apoio do Ministério das Relações Exteriores Alemão, que garantiu ao Instituto de Relações Exteriores (IFA) recursos para implementação do Programa de Financiamentos Zivik (Zivik Funding Program). Também integram o processo de fortalecimento da Rede Jubileu Sul Brasil e das suas organizações membro, contando ainda com apoios da Cafod, DKA, e cofinanciamento da União Europeia.
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