Países em desenvolvimento enfrentam a maior onda de acumulação de dívida desde a década de 1980. Endividamento mais que dobrou na última década
Por Redação – Jubileu Sul Brasil
Neste 14 de novembro (quinta-feira), das 11h às 13h, se realiza o evento Soluções para a crise da dívida do Sul global” no Espaço Kobra – K Térreo 3, no Boulevard Olímpico, região central do Rio de Janeiro (RJ).
Participam Ana Garcia (Brics Policy Center-PUC RJ), Beverly Keene (Dialogo 2000 e Jubileu Sul/Américas), Friederike Strub (Recourse), Gilad Isaacs (Institute of Economics Justice South Africa) e Rodolfo Bejarano (LATINDADD).
Os países em desenvolvimento enfrentam a maior onda de acumulação de dívida desde a década de 1980. A dívida pública mais que dobrou na última década, atingindo US$ 29 trilhões em 2023. O aumento das taxas de juros e dos reembolsos está pressionando as economias. Os pagamentos líquidos de juros da dívida pública atingiram US$ 847 bilhões, o equivalente a 7,8% das receitas do governo em 2023, superando os gastos com educação, saúde e proteção social.
Mais da metade dos países de baixa renda, e quase um quinto dos mercados emergentes, são classificados como de alto risco ou em situação de endividamento, ou têm títulos soberanos sendo negociados em níveis de endividamento.
Por isso, o evento busca apresentar propostas de várias partes interessadas (governos, sociedade civil e academia) para superar a crise da dívida. O debate vai discutir soluções de curto prazo das quais o G20 tem participado, bem como soluções estruturais de longo prazo que exigem a reforma da arquitetura da dívida global.