Por Rogéria Araújo | Comunicação Jubileu Sul Brasil
A rede Jubileu Sul Brasil inicia nestes dias 21 e 22 de outubro o projeto “Nós, mulheres, na defesa e na luta por direitos”. A primeira atividade é uma oficina nacional que acontecerá em São Paulo neste final de semana e reúne coletivos de mulheres dos mais variados setores e vindas de territórios diferentes do Brasil. A oficina contará com representantes de coletivos do Rio Grande do Sul, Ceará, São Paulo e Minas Gerais, que durante estes dois dias estarão trocando experiências e vivências em nível de organização e ação, e elaboração de estratégias para fortalecerem suas lutas em seus territórios.
Com apoio do Instituto Irmãs da Santa Cruz, Adveniat e Cafod, o projeto tem por objetivo fortalecer coletivos e movimentos de mulheres, de modo que sejam favorecidos processos de sensibilização e conscientização dos gestores do setor público e da sociedade civil a respeito dos direitos das mulheres e da incorporação da dimensão de gênero nas políticas públicas, com ênfase para os impactos dos ajustes macroeconômicos sobre as condições de vida das mulheres.
De acordo com a coordenadora do projeto, Cinthia Abreu, trata-se de um projeto “que visa fortalecer e dar visibilidade às lutas dessas mulheres. Para nós é muito importante esta iniciativa principalmente neste momento de conjuntura onde os caminhos para retrocessos e perdas de direitos estão claros. E neste cenário não há dúvida que as mulheres sofrerão muito mais. Por isso temos um papel importante”.
Dentro deste contexto e na linha de atuação da rede Jubileu Sul Brasil, o projeto vai pautar a questão do endividamento. Como a dívida pública afeta as mulheres dentro do modelo macroeconômico e como se pode lidar com esta questão. A proposta é buscar resultados de modo coletivo pelas mulheres através da construção de uma cartografia social.
Contato Imprensa: Rogéria Araujo (85) 99619.2566
Facebook: Jubileu Sul Brasil | www.novo.jubileusul.org.br
Confira a programação:
21 de outubro
8h30 Chegada
09h00 Início – dança circular de energização e formação de uma Mandala para apresentação das participantes.
Vivência – os efeitos dos ajustes nas políticas públicas na vida das mulheres (economia, cultura, saúde, educação entre outras dimensões).
Reflexão dialogada: juntar os aportes da vivência e ligar com as questões do endividamento que afetam a vida das mulheres. Diálogo sobre a negação dos nossos direitos no contexto do capitalismo e da conjuntura atual.
Retomada – apresentação do projeto “Nós, Mulheres, na Defesa e na Luta por Direitos” como estratégia de reconhecimento da resistência e da luta das mulheres pelos direitos e de incidência para a garantia desses direitos.
12h30 Almoço
14h- Olhar para o acúmulo histórico – reflexão sobre Cartografia Social (definir o que entendemos por isso) como estratégia de automapeamento (pesquisa militante) da realidade vivida pelos sujeitos nos territórios.
Aprender com a prática – Diálogo sobre a experiência dos coletivos de mulheres da Zona Oeste do Rio de Janeiro/RJ de pesquisa militante para mapeamento de ameaças e conflitos socioambientais.
Mapeamento de possibilidades – relato das articulações iniciais nos territórios, com identificação dos pontos de convergência e das especificidades. Provocação – a metodologia aplicada na cidade do Rio de Janeiro poderá ser replicada em nossos territórios? Como será aplicado projeto nos territórios?  Qual metodologia do projeto?
Familiarização com a cartografia social e conhecendo pouco dos territórios por meio dos olhares das militantes locais. Uniformizando a metodologia, o entendimento, qual roteiro será seguido, como será a sistematização.
18h00 encerramento do dia
22 de outubro
8h30 – Síntese – os encontros possíveis entre a metodologia da pesquisa militante e o contexto dos territórios em termos de organização e movimentação das mulheres, a aplicação efetivamente no território. Como se daria o projeto localmente? Formato das oficinas locais? Duração deste momento de formação? Quais pontos principais seriam discutidos? Que materiais vão demandar?
12h30 Almoço
14h – Planejamento – definição da operacionalização do projeto; construção de agenda (resultados esperados, atividades e prazos).
Avaliação – o que levamos da atividade para nossa prática? Que sugestões apontamos para a melhoria da dinâmica do projeto?
17h –  Encerramento – Nova dança circular para celebração do encontro e do que foi realizado na atividade.

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