O Mutirão Nacional é uma oportunidade para “comemorar esse ciclo de trabalho coletivo”, afirma Sandra Quintela, da coordenação do Jubileu Sul Brasil

Por Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 e da equipe de comunicação do Mutirão Final da 6ªSSB

A Igreja do Brasil se prepara para o Mutirão Nacional da 6ª Semana Social Brasileira, que será realizado em Brasília, de 20 a 22 de março, com a presença de representantes de todos os cantos do país. Ao longo de quatro anos, a partir de tema: “Mutirão pela Vida: Por Terra, Teto e Trabalho”, têm acontecido inúmeros encontros em vista de fazer realidade um mundo melhor para todos e todas.

O Mutirão final pretende ser “um momento forte da nossa caminhada como Igreja e como povo de Deus”, segundo Dom José Valdeci Mendes Santos, para que “em vista do bem-viver dos povos, das comunidades tradicionais, traçarmos o projeto popular que sonhamos e queremos para o nosso Brasil”, destaca o presidente da Comissão para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Segundo o bispo da diocese de Brejo–MA, estamos diante de “um momento de fortalecimento da nossa caminhada como Igreja, nessa proposta de uma transformação de uma sociedade mais justa, mais fraterna”.

No decorrer desse Mutirão, “a metodologia tem pensado um caminho em que se possa incluir todo o processo vivenciado nesses últimos anos”, ressalta Alessandra Miranda, secretária executiva da 6ª Semana Social Brasileira. Isso num encontro que “vai recolhendo um percurso bem longo, quase quatro anos, mas que nestes últimos messes tem dado uma acelerada grande”, segundo o padre Dário Bossi, assessor da Comissão para a Ação Sociotransformadora da CNBB, que afirma que “em todos os territórios trabalhamos e aprofundamos os temas de terra, teto e trabalho, preparando um projeto popular sobre o bem-viver dos povos’.

O missionário comboniano ressalta a importância dos “diversos projetos de incidência política a partir da Igreja, preparados nos territórios, que vão se costurando como um mosaico que irá compor a imagem da Igreja comprometida”. Para avançar nesses processos, ele disse que esses três dias “serão um desfecho e um relance para pensar daqui para frente qual o papel para uma transformação social e ambiental da realidade a partir da nossa fé”.

O Mutirão Nacional é uma oportunidade para “comemorar esse ciclo de trabalho coletivo”, segundo Sandra Quintela. A membro da Rede Jubileu sul Brasil e da equipe executiva da 6ª Semana Social Brasileira relata as atividades realizadas ao longo dos últimos anos: cursos de formação e economia política, uma missão solidariedade com os povos quilombolas afetados pelo agronegócio no Maranhão, atividades de formação com as mulheres em sete capitais do Brasil, trabalhando o direito à moradia e cobrando as dívidas sociais que existem com as mulheres das periferias urbanas no Brasil, que estão à míngua nas ocupações.

Diante das muitas atividades e processos, principalmente coletivos, Sandra Quintela lembra o lançamento de um plebiscito em busca de uma grande escola de formação e educação popular no Brasil, com o objetivo e metas comuns. Mais um passo num caminho de compromisso com as pessoas que “trabalham com afinco no cotidiano da vida, tentando construir uma vida digna, um mutirão pela vida, para todas as pessoas neste país”.

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