Saudamos o esforço que as organizações peruanas vêm fazendo para a construção desta cúpula. Saudações o esforço de redes e movimentos internacionais que se somaram nesta tarefa. Reconhecemos o legado e processos de lutas que antecederam este momento, é assim que chegamos à Cúpula dos Povos, em Lima, com esse significado acumulado de lutas e resistências, ao longo de tantos anos.

Neste acúmulo de lutas, resistências, saberes, sentires, para nós como JSA é fundamental resgatar o papel da luta territorial, esta que dia a dia enfrenta os avatares do capitalismo, precisamos continuar denunciando como as falsas soluções para “Salvar o planeta” estão sendo instrumentos de recolonização dos territórios, de acumulação e geração de mais dívidas. Estas medidas fazem parte da estratégia de acumulação, espoliação dos bens da natureza para assegurar o poder e controle econômico do capital. É disso que estamos falando! É a voz dos povos que temos que ouvir!

Seguimos afirmando que os direitos humanos e da natureza estão acima do grande capital, são estes direitos que devem ser a preocupação central das políticas e programas que buscam superar a crise climática. Esta superação não será possível se persistirem as estratégias que buscam mercantilizar toda forma de vida, que busca colocar preço a tudo que existe em nosso planeta.

Estamos na cúpula dos povos para nos somar à luta, para resgatar o acúmulo de outras lutas e, com isso, ser parte da mobilização, debate, as demandas em comum das propostas pela justiça global.

NÃO DEVEMOS. NÃO PAGAMOS
SOMOS OS POVOS OS CREDORES
Dezembro/2014

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