Museu relembra a história de ex-presos políticos e homenageia as vítimas da Ditadura em uma programação voltada para a resistência ao Regime

Manifestação estudantil por ocasião do aniversário da morte dos estudantes Edson Luíz e Alexandre Vanucchi Leme, 1973 | Créditos: Carlos Souto/Jornal Movimento/Arquivo Público do Estado de São Paulo (APESP).

Por Redação – Memorial da Resistência

No dia 31 de março de 1964, tropas foram deslocadas pelo general Olímpio Mourão Filho, comandante da 4ª Divisão de Infantaria, de Juiz de Fora (MG), em direção ao Rio de Janeiro, dando início ao golpe que foi articulado previamente com apoio da classe empresarial e de governadores de oposição ao governo do então presidente, João Goulart.

Com os militares no poder, a Constituição vigente é rasgada, e os direitos antes garantidos por ela, dizimados, permitindo assim as violações, torturas, assassinatos, perseguições e desaparecimentos de pessoas consideradas uma ameaça para o Regime Militar. Em 21 anos de Ditadura, muitos foram os que ousaram lutar em nome da Democracia, e outros tantos que a própria existência já era uma afronta ao Regime.

No fim de semana em que o golpe completa 59 anos, o Memorial da Resistência de São Paulo, como um lugar de memória de enorme valor histórico, relembra a história de ex-presos e ex-presas políticas e homenageia as vítimas da Ditadura em uma programação voltada para a resistência ao Regime Militar. 

Confira:

Cine Resistência

Exibição do documentário “Eu conta-dor de mim” e conversa com Nair Benedicto

31 de março | 14 horas | Auditório do Memorial da Resistência

O Memorial exibe o vídeo-documentário Eu conta-dor de mim, um depoimento da ex-presa política e fotógrafa Nair Benedicto, onde ela compartilha suas memórias de luta e resistência durante o período da Ditadura Civil-Militar.  

Sábados Resistentes

Ato em homenagem às vítimas, mortos e desparecidos políticos da Ditadura Militar brasileira 

01 de abril | 14 horas | Auditório do Memorial da Resistência

Núcleo Memória e o Memorial da Resistência promovem um Sábado Resistente especial. A tradicional mesa de debates que ocupa o museu há 15 anos dá lugar à um ato em homenagem às vítimas da Ditadura Civil-Militar (1964-1985), com a presença de ex-presos políticos e militantes pelo direito à memória e à justiça. 

III Caminhada do Silêncio 
Ato em memória das vítimas da Ditadura Civil-Militar (1964-1985)
2 de abril | 15 horas | Parque do Ibirapuera

Convidamos a todos para a III Caminhada do Silêncio, um ato em memória das vítimas da Ditadura Civil-Militar (1964-1985) realizado por instituições que compõem o movimento Vozes do Silêncio, formalmente representado pelo Núcleo Memória e pelo Instituto Vladimir Herzog (IVH). 

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