Alerta! Alerta que caminha! A fome e a destruição do Brasil!
Enfrentamos hoje no Brasil um governo assassino que tem a marca da sua impressão digital em quase 240 mil mortes nesse um ano de pandemia de Covid-19 no Brasil. Um governo genocida que quer acabar com as politicas públicas de saúde, educação, moradia, emprego, agricultura familiar e tantas outras politicas que são fundamentais para a vida do povo trabalhador.
Na noite de ontem, 11 de fevereiro, dia de maior número de mortes registradas por covid-19 em 2021, Jair Bolsonaro declarou, durante transmissão ao vivo que faz toda semana: ‘ Não adianta ficar em casa chorando, não vai chegar a lugar nenhum. Vamos respeitar o vírus, voltar a trabalhar, porque sem a economia não tem Brasil’.
É a partir dessa realidade que a Rede Jubileu Sul afirma que a luta pelo fim das dívidas – social, financeira, ecológica e histórica – se mostra ainda mais urgente neste início dos anos de 2021, momento onde essas dívidas impactam de forma cada vez mais agudizada a vida da população. Em última instância, o direito à sobrevivência está sendo negado aos mais pobres, já muito marginalizados nesse sistema capitalista.
A maioria da população brasileira está sofrendo por não ter condições de manter o mínimo necessário para sua sobrevivência. Fazer o supermercado, pagar o aluguel, ter garantido o transporte público, está se tornando um privilégio a cada dia.
Com o fim do auxílio emergencial a situação fica ainda mais difícil, e seguirá sendo mesmo se for definido o auxílio humilhante proposto pelo Governo Bolsonaro. Segundo o estudo realizado pelo CEBRAP (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) são 63 milhões de brasileiros os que eram beneficiados diretos do auxílio, e que sem ele, terão sua renda limitada a menos de um salário mínimo per capita.
É estarrecedora a falta de compromisso social do Congresso Nacional, inclusive em relação aos interesses vitais do povo brasileiro. No último dia 10 de fevereiro, foi aprovado o projeto de lei que confere plena autonomia ao Banco Central, para que possa representar livremente os interesses do capital financeiro rentistas sem ter que prestar contas à população. Esse é apenas o primeiro, dentre os cerca de 34 projetos a serem tramitados durante 2021, sob as novas presidências chapa branca da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Há cada vez mais consenso na ‘Casa Grande’ sobre a lista de novos ataques à soberania nacional e aos direitos da população e do meio ambiente, refletidos nesse projetos. Isso exige respostas populares coletivas, capazes de barrar essas novas ofensivas, movidas por interesses que querem a volta de um país colonialista e escravocrata.
A saúde mental do povo brasileiro diante de tanta notícia ruim, de um desgoverno que é negacionista, fica esfacelada. Até o momento não se vê uma discussão séria no que diz respeito às sequelas deixadas pela covid-19, muito menos a preocupação com o número de órfãs também vítimas desta pandemia, pois é crescente o número de mulheres/mães mortas em situação de total violência obstétrica, é crescente o número de violência doméstica, com muitas mulheres em condição de cárcere, e que quando conseguem sair deste cárcere aqui fora não existe política pública capaz de acolhê-las.
Os Governos Estaduais e Municipais “jogam” a educação online como se o acesso fosse universal, como se todos os estudantes brasileiros tivessem ao seu alcance tecnologia e espaço com estrutura para tal.
E por mais triste e desolador que esteja a situação, poderá ficar pior, por não conseguirmos atuar em favor dos que são invisibilizados: população LGBTI+, moradores em situação de rua com agravante se a pele for negra.
Diante da situação de pandemia que estamos atravessando, deveria ser de fato prioridade: um plano coordenado de vacinação nacional; a manutenção do auxílio emergencial inicial; uma política de investimentos públicos para gerar emprego e renda, além de outras medidas sociais que garantam condições elementares para a sobrevivência do povo brasileiro e para uma vida digna.
Na verdade, o que interessa mesmo a esse Governo genocida , à grande mídia, ao Parlamento e até ao Judiciário, é facilitar grandes negócios, maximizar os lucros dos bancos e dos grandes grupos empresariais. Isso é, a busca incessante da ‘confiança’ do mercado. Essa meta rebaixada que converte território e povo em objetos de superexploração, é anunciada todos os dias, em todas as notícias, por todos os comentaristas que compõem esse pacto antinacional e antipopular. Sacrifícios inaceitáveis foram feitos para saciar essa tal “confiança” como a reforma previdenciária, a reforma trabalhista e não se vê qualquer alívio da recessão e do arrocho. Pelo contrário, cobram novos e terríveis sacrifício s, através de outras reformas e privatizações que visam tirar do povo todos seus direitos sociais e qualquer traço de soberania nacional.
É preciso ressaltar que essa dinâmica de desmonte completo faz parte de um projeto em curso no país desde o golpe de 2016, para aprofundar a financeirização e o caráter primário-exportador do regime de acumulação, instaurado no Brasil pós plano real, que visa primordialmente, atender os interesses dos rentistas e grupos econômicos especializados em commodities. Para isso, eles necessitam que o Estado brasileiro lhes deem todas as garantia de lucro! O controle direto sobre o Banco Central pelos mercados será uma nova etapa que permitirá a estes setores maior influência na condução das políticas genocidas e ecocidas priorizadas por esse Governo.
Portanto, choraremos pelas vidas perdidas, nos solidarizamos e sentimos a dor de quem passa fome, mas isso não irá nos imobilizar. Vamos intensificar a pressão popular por Vacina Já! e a continuidade do Auxílio Emergencial, isso na prática, é lutar pela manutenção da vida do povo brasileiro! É preciso um esforço coletivo forte para enfrentar o tsunami mortal do governo Bolsonaro!
12 de fevereiro 2021
Rede Jubileu Sul