As entidades brasileiras que participam da Jornada continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo anunciaram a realização de diferentes atividades antes e depois do dia 4 de novembro. Essa é a data agendada internacionalmente para mobilização dos povos contra os ataques a democracia, a imposição da agenda do livre comercio que favorece às corporações e às empresas transnacionais.
A Jornada Continental foi definida em novembro do ano passado em Havana, Cuba, como resposta à ofensiva conservadora que debilita as democracias, ataca a soberania e autodeterminação de povos e nações e criminaliza as lutas sociais.
Na pauta dos movimentos brasileiros está a denúncia ao golpe parlamentar, que derrubou a presidenta Dilma Rousseff e impôs uma agenda neoliberal e conservadora de retirada de direitos sociais, privatização dos serviços públicos, entrega das riquezas naturais ao capital transnacional, como o Pré-sal, assim como uma série de políticas repressivas contra as/os trabalhadoras/es, estudantes, mulheres, camponesas/es, comunidades afro descendentes, indígenas e população LGTB.
Num contexto internacional que impõe as agendas conservadoras e das elites, diversas atividades estão sendo organizadas no Brasil e nos diversos países da América Latina e Caribe. As comunidades afetadas pelo crime ambiental da Samarco/Vale e movimentos sociais, realizarão a partir do dia 31/10 uma marcha no sentido contrário da lama, desde Regência no Espírito Santo até Mariana em Minas Gerais. Nos dias 3 e 4 realizarão um encontro nacional e, no dia 5, um grande comício para denunciar a cumplicidade entre este consórcio internacional com órgãos públicos brasileiros para encobrir o crime ambiental ocorrido a um ano que arruinou a vida de milhares de pessoas, inclusive com diversas mortes, e a destruição de comunidades inteiras, a água e as terras dessas comunidades ribeirinhas do Rio Doce.
Em São Paulo, as organizações se concentrarão às 17:00 horas na Arena da Câmara Municipal de São Paulo, Viaduto do Jacareí, 100. Participarão organizações sindicais, de trabalhadores rurais, de mulheres, estudantes, ambientalistas, migrantes e outras organizações sociais juntas para expressar suas reivindicações e a solidariedade com os povos que lutam em todo o continente contra os retrocessos políticos, sociais e econômicos na região. O Ato expressará a solidariedade aos estudantes que ocupam as escolas contra a reforma educativa e a PEC 241; denunciará a criminalização dos movimentos sociais, o machismo e a violência contra as mulheres, a entrega do Pré-Sal para as transnacionais e a privatização dos serviços públicos; a favor da livre circulação e contra a criminalização dos migrantes, e em favor da Reforma Agrária.
O Ato do dia 4 de novembro marca também a preparação para a Greve Geral do dia 11 de novembro, a luta contra a PEC 241 e as reformas trabalhista e previdenciária.
Nenhum passo atrás! Os povos seguem em luta por nossa integração, autodeterminação e soberania contra o livre comércio e as transnacionais