‘Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa’ é o tema do Grito, que em 2024 completa 30 anos

Por Ana Valim – Comunicação Grito dos Excluídos

“Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”. Esse é o lema da 30ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas, que acontece todo ano na semana da Pátria e mais precisamente no dia 7 de setembro.

Neste ano o Grito dos Excluídos e Excluídas celebra 30 anos de existência e resistência. A coletiva nacional de imprensa é no dia 3 de setembro (terça-feira), a partir das 11h (horário de Brasília), virtualmente, com transmissão ao vivo na página, no canal do Grito e nas mídias de entidades parceiras.

Carta de 2024, no marco dos 30 anos do Grito

Fruto da 2ª Semana Social Brasileira da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, entre 1993-1994, o Grito emergiu como espaço de articulação popular por direitos e Vida em Primeiro Lugar e de denúncia das desigualdades históricas, causadas pelo sistema capitalista que exclui, degrada e mata. 

Com a participação de uma rede de articuladores e articuladoras em todo o Brasil, o Grito também anuncia e propõe a construção de um novo projeto de sociedade, que tem como grande desafio passar de um modelo de exploração, que visa tirar o máximo de lucro da natureza e da força humana, a um novo modelo de cuidado, preservação e cultivo da vida.

É o que o lema de 2024 ressalta: “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”. Para discutir e apresentar a realidade e as lutas sobretudo dos setores excluídos das cinco regiões do país, a coletiva de imprensa terá os/as seguintes participantes: 

Moderação:
Frei Zeca – Articulador Grito dos Excluídos e Excluídas (MT)

Mesa:
Dom Valdeci Santos Mendes – Comissão Sociotransformadora da CNBB
Alessandra Miranda – Coordenação Nacional do Grito

Convidados e convidadas:

Eliomar Osias Rezende Sarmento – Povo Tukano, coordenação executiva da Articulação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas/APIAM

Região Norte:  contexto da violência contra os povos indígenas, contra o povo das águas e da floresta, o avanço das mudanças climáticas – desmatamento, a seca -, o avanço da grilagem e o agronegócio.

Luciano Silva Galeno – Comissão Pastoral dos Pescadores (PB)Região Nordeste: contexto das violências contra os povos das águas, pescadores, marisqueiras, povo ribeirinho. O avanço do modelo de ‘energia limpa’, ou seja, as eólicas sobre os territórios, comunidades.

Lenora Rodrigues – Coord. Reg. Maranhão e da Articulação das Comissões Pastorais da Terra (CPTs) do Cerrado

Centro Oeste: contexto do avanço do agronegócio, violência contra os povos, a destruição do cerrado (MATOPIBA), a situação da exploração do trabalho análogo a escravidão.

Maria Aparecida Mattos – União de Movimentos de Moradia Popular e Central de Movimentos Populares (CMP)
Andrelina Amelia Ferreira – Movimento Mães do Cárcere
De egressos ou sobreviventes do cárcere.

Sudeste:  contexto das violências urbanas, os despejos, a falta de moradia (porta de entrada para os direitos), a situação da população em situação de rua, das pessoas que saem do cárcere.

Ilisiane Vida – Atingida pelas enchentes em Porto Alegre (RS)

Sul: contexto das enchentes, mudanças climáticas, o descaso dos governos fascistas, as mudanças das legislações que aprofundam os problemas.

Serviço
Coletiva nacional do Grito dos Excluídas e Excluídas 2024
Data: 03/09 (terça-feira)
Horário: 11h (horário de Brasília)
Transmissão ao vivo pelo Youtube e Facebook do Grito dos Excluídos e Excluídas e entidades parceiras

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