Jubileu Sul Américas promoveu uma conferência virtual para apresentar o Chamado diante da reunião entre Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional que, aconteceu entre 14 e 17 de abril e discutiu os problemas mundiais gerados pelo COVID19 e a crise econômica global.
A transmissão, contou com a participação de Martha Flores da secretaria regional do Jubileu Sul Américas e coordenadora geral da entidade Intipachamama da Nicaraguá, Nora Cortiñas, uma das fundadoras do Diálogo 2000 e integrante da Mães da Praça de Maio da Argentina, María Elena Saludas coordenadora de Cadtm-Ayna, Zulma Larin, coordenadora da Rede de Ambientalistas Comunitários de El Salvador, Lourdes Contreras de la Marcha Mundial de Mujeres Macronorte Perú e Sandra Quintela, economista, membro da coordenação de Jubileu Sul Américas e articuladora da Rede Jubileu Sul Brasil.
Assista a conferência aqui: https://www.facebook.com/watch/?v=1072103513162919&external_log_id=0cad281ef481d8662cf977c97afc0c44&q=jubileo%20sur%20americas
Diante das reuniões do Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial
O Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial se reuniram de 14 a 17 de abril para analisar os problemas mundiais causados pelo COVID19 e a crise econômica global.
As organizações, movimentos e redes abaixo assinadas trabalham e enfrentam os impactos das políticas neoliberais nos territórios e nas comunidades rurais e urbanas da América Latina e do Caribe; Temos desenvolvido ações de resistência, incidência , pesquisa e construção de alternativas ao modelo atual que privilegia o capital sobre a vida. Nessas reuniões, o FMI e o Banco Mundial buscam mais recursos para emprestar aos nossos países, nas mesmas condições de sempre, e um mandato para oferecer respostas moratórias parciais para alguns países mais empobrecidos. Na verdade, o que eles procuram é salvaguardar seu papel de promotores do sistema que nos levou a essa situação de emergência grave e de reguladores do mercado de dívida, evitando inadimplências e gerenciando a sustentabilidade de pagamentos futuros.
Basta! Nossos países não devem continuar aceitando as receitas de sempre dessas instituições financeiras internacionais, que, mais do que ajudando, fazem parte do problema. Apelamos aos governos da América Latina para que adotem novas posições diante dessa grave crise que coloca o mundo em outro cenário de desafios. Uma pequena molécula de proteína, um vírus, nos ensinou que é inútil recorrer às antigas formas de enfrentar uma doença, aplicando as mesmas condições que geram a doença para o paciente.
O capitalismo global, com suas estratégias mórbidas de extração, produção, consumo e circulação, coloca a humanidade sob controle. A guerra não é contra o vírus, mas contra tudo o que ameaça a arquitetura financeira e corporativa que apoia a máxima extração de riqueza de trabalhadores, mulheres, territórios e natureza. A pandemia do COVID-19 é muito mais mortal para aqueles que não têm condições de respeitar a distância física, sem acesso a moradias decentes, água potável e esgoto, sem acesso a assistência médica, humanitária ou de emergência especializada, alimentação saudável e nutritiva, principalmente para as mulheres, camponesas, populações negras e indígenas.
Precisamos de união entre os povos para alcançar respostas locais e globais aos desafios nos territórios afetados pelas crises de saúde, alimentação, econômica e ambiental.
Dizemos: Vida antes da Dívida! E propomos:
- Suspensão e não pagamento da dívida interna e externa, investigação exaustiva e anulação da mesma. É criminoso que sejam poupados fundos para a saúde e os direitos dos povos e da natureza, para o pagamento das supostas obrigações com o FMI, o Banco Mundial e outros fornecedores. Os governos de nossos países devem avançar com ações soberanas para impedir o sangramento de recursos; Os sistemas de saúde e proteção social para enfrentar a pandemia devem ser uma prioridade, além de garantir a disponibilidade de recursos e apoio às estratégias de soberania alimentar. É inaceitável que parte desses recursos seja usada para equipar unidades de controle, como unidades policiais e exércitos de nossos países. O FMI e o Banco Mundial, os países e outros fornecedores devem reconhecer sua responsabilidade na emergência pela qual nossos povos estão passando e cancelar suas reivindicações de dívida. Exigimos reparações, não mais dívidas.
- Defendemos o cancelamento das cobranças de direitos humanos básicos, como água, eletricidade, saúde e educação. As dívidas de indivíduos e famílias que estão aumentando mais rapidamente que o coronavírus, devido à privatização desses serviços públicos, à retirada de muitos Estados de suas obrigações prioritárias e ao empobrecimento planejado da população, devem ser canceladas sem mais demora.
- Sim ao fortalecimento, unidade e a integração regional. Não há melhor momento para retomar os caminhos da ação compartilhada nos níveis popular e oficial, sabendo que o futuro está em nossas mãos e que juntos, podemos construir o mundo que queremos e precisamos, com maior urgência do que nunca. Esse caminho para uma nova integração deve partir do princípio de que os bens comuns da América Latina e do Caribe sejam tratados como patrimônio dos povos e não mais como mercadoria e como instrumento de pilhagem histórica pela reprodução do capital global e pela manutenção de submissão de nossos países e natureza.
- FMI, Banco Mundial, BID ¡Fora daqui! Não precisamos de suas receitas, nem dos recursos saqueados e condicionados de nossos povos que, por muitos anos, nos retornaram na forma de empréstimos – agora empréstimos de emergência – para continuar saqueando nossos países, a natureza, as identidades e culturas milenares que sobreviveram por sua força, para nos mostrar que outros caminhos são possíveis e que, como povos, aprendemos e caminhamos para continuar construindo melhores futuros.
Assinaturas
Regional
ALBA Movimientos
Alianza Internacional de Habitantes
Amigos de la Tierra América Latina y el Caribe – ATALC
CADTM-Ayna
CLOC-Vía Campesina
Comité Ejecutivo Regional de la Asamblea de los Pueblos del Caribe CER-APC
Consejo de Educación Popular de América Latina y el Caribe CEAAL
Grito dos Excluídos/as Continental
Jubileo Sur/Américas (JS/A)
Marcha Mundial de las Mujeres MMM
Red Intercontinental de Promoción de la Economía Social Solidaria Latinoamérica y Caribe (RIPESS LAC), Coordinador
Solidaridad y Misión- Misioneros Claretianos de América
Nacional – Local
Acción Ecológica, Ecuador
Acción por la Biodiversidad, Argentina, Marcos Paz
Action for Argentina UK, Reino Unido
Amigos da Terra Brasil
Amigos de la Tierra Argentina
Asamblea El Algarrobo, Andalgala, Argentina
Asamblea Permanente por los derechos humanos, Argentina
Asamblea Socioambiental Zona Este, Mendoza, Argentina
Asociación Casa de Todos, Argentina
Asociación Civil Moreno por la Memoria, Argentina, Moreno
Asociación Civil Sobrevivientes, Familiares y Compañeros de Campo de Mayo por la Memoria, Verdad y Justicia, Villa Tesei, Hurlingham, Argentina
Asociación de pobladores de Áreas Marginales de Guatemala (ACONAPAMG)
Asociación Educación para el Desarrollo Intipachamama (Nicaragua)
Asociación Jovenes en Red El Salvador JERES, Sonsonate, El Salvador
Asociación Madre Tierra Honduras/ATALC Honduras, Tegucigalpa
Asociación Yachamusunchis Peru, Cusco
Associação Atelier Jurídico, Brasil
Associação de Favelas de São José dos Campos, Brasil
ATTAC – Argentina
Autoconvocatoria por la Suspensión del Pago e Investigación de la Deuda, Argentina
Cáritas Brasileira, Brasil
Central de Cooperativas Unisol, Brasilia, Brasil
Central de Movimentos Populares, Brasil
Central de Trabajadores de la Argentina CTA Bahía Blanca
Central Sindical Popular – CSP Conlutas Nacional, Brasil
Central Sindical Popular – CSP Conlutas Minas Gerais, Brasil
Centro Dandara de Promotoras Legais Populares, São José dos Campos, Brasil
Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis/RJ, Brasil
Centro de Documentación en Derechos Humanos “Segundo Montes Mozo S.J.” (CSMM), Quito, Ecuador
Centro de Estudios Humanistas de Córdoba, Argentina
Centro de Militares para la Democracia Argentina (CEMIDA), Buenos Aires República Argentina
Centro de Mujeres Diversas AWANA, Perú
Centro de Promoción y Formación en Derechos Humanos Venezuela (Cenprofordh-Venezuela), Caracas Venezuela.
Coalición de Tendencias Clasistas (CTC-VZLA), Venezuela Caracas
Coecoceiba Amigos de la Tierra, Costa Rica
Colectiva de Mujeres Negras y Afrodescendientes (COMUNA Caribe) Puerto Rico
Colectivo Voces Ecológicas (COVEC), Panamá
Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo – CDHPF, Brasil
Comunidad Evangélica Pentecostal Dimensión de Fe, Argentina
Congreso de los Pueblos, Colombia
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, Brasil
Cooperativa de Producción Social de la Vivienda y el Hábitat (COOPHABITAT), República Dominicana
Coordinadora Nacional de Mujeres Indígenas y Negras de Honduras (CONAMINH)
Corriente Nacional Emancipación Sur, Argentina
Cristianxs contra la Deuda, Argentina
Democracia Socialista, Argentina
Diálogo 2000-Jubileo Sur Argentina
Espacio Encuentro de Mujeres EEM, Panáma
Federação Sindical e Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais, Brasil
Federación Unitaria de la Clase Trabajadora FUCLAT, Panáma
Foro social Panamazónico en San Martin, Tarapoto, Perú
Fórum da Amazônia Oriental – FAOR, Brasil
Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental – FMCJS, Brasil
Frente de Lucha por la Soberanía Alimentaria, Argentina
FUECYS PIT-CNT, Uruguay
Fundación Ayuda a la Niñez y Juventud CHE PIBE, Argentina, Villa Fiorito de Lomas de Zamora, Argentina
Inesc – Instituto de Estudos Socioeconômicos, Brasil
Iniciativa Verde al Sur de Ecología Política, Argentina C.A.B.A.
Instituto de Desarrollo de la Economía Asociativa (IDEAC), República Dominicana
Instituto de Estudios Ecologistas del Tercer Mundo-Ecuador
Instituto Madeira Vivo – IMV, Rondônia, Brasil
Instituto para el desarrollo y la paz amazónica, San Martín, Tarapoto, Perú
Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul, Brasil – Rio de Janeiro, Brasil
Justiça Global, Brasil
Marcha Mundial de Mujeres Macronorte Perú (MMMNortePeru)
MNJ- Pensamiento y Acción Transformadora PAT, Panáma
Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH Brasil
Movimiento de los Pueblos: Por un socialismo feminista desde abajo (Frente Popular Darío Santillán – Corriente Nacional / Izquierda Latinoamericana Socialista / Movimiento por la Unidad Latinoamericana y el Cambio Social / Movimiento 8 de Abril), Argentina
Movimiento Democrático Popular MDP, Panáma
Movimiento Popular Liberación, Argentina
MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Brasil
Multisectorial Antiextractivista, Argentina, AMBA (Area metropolitana Buenos Aires)
Núcleo Sertão Verde do Município de Campo Grande/RN, Brasil
Observatorio de la Riqueza Padre Pedro Arrupe, Argentina – Ciudad de Buenos Aires
Otros Mundos AC, México, Chiapas
Pastoral Operária Nacional, Brasil
Plataforma por la Auditoría Ciudadana de la Deuda en Colombia, Colombia
Plataforma por los Derechos Humanos Santa Cruz, Santa Cruz,BOLIVIA
Plateforme haïtienne de Plaidoyer pour un Développement Alternatif (PAPDA), Haití
Red Ambientalista Comunitarios de El Salvador (RACDES)
Red Ecológica, Social y Agropecuaria de Veraguas RESAVE, Panáma
Red Feminista Ecosocialista, Ecuador
Red Latina sin fronteras, Valencia, España
Red Nacional de Defensoras de Derechos Humanos en Honduras
Rede Jubileu Sul Brasil: (Centro de Investigación y Asesoría (ESPLAR); Grito dos Excluidos Nacional; Universidad Federal de Rondonia (UNIR); Red de Feminista de Salud Derechos Sexuales y derechos reproductivos; Movimiento de Favelas São José dos Campos; Instituto Políticas Alternativas para el Cono Sur (PACS))
Servicio Paz y Justicia, SERPAJ – Argentina
Serviço Amazônico de Ação, reflexão e Educação Socioambiental – SARES, Manaus, Brasil
Sindicato Avícola de Panamá, Panamá
Sindicato de Trabajadores de la Industria Cervecera de Panamá: STICP, Panáma
Sindicato dos Metalúrgicos de Pirapora, Minas Gerais, Brasil
Sindicato dos servidores públicos municipais de Monte Carmelo MG-Sinserp, Brasil
Sindicato Industrial de Trabajadores de la Fabricación y Comercialización de Refrescos, Bebidas, Gaseosas, Cervezas, Licores y Similares: SITRAFCOREBGASCELI, Panáma
Sindicato Metabase Inconfidentes, Congonhas/MG, Brasil
Sindicato Petrolero de Trinidad y Tobago (Oilfields Workers’ Trade Union OWTU)
Terra de Direitos, Brasil
Uniao Latina de Economia Politica da Informacao, da Comunicacao e da Cultura – Capitulo Brasil (Ulepicc-Brasil)
Unión de Afectados por Texaco, Ecuador, Lago Agrio
Individuais
Alicia Iglesias, Argentina, CABA
André Lima Sousa, Brasil
Antonio Malatesta, Argentina
Claudio Giorno, Emancipación Sur, Argentina
Debbie Eraly, Tena, Ecuador
Gabriela Guerreros, Pastora Evangélica Pentecostal, Argentina
Glery Silva, Managua
Jennifer Liz Mamaní, Mendoza, Argentina
Jorge Sorda, Sociólogo. FSOC. UBA, ARGENTINA. CABA.
Karina Forcinito, Investigadora y docente Univ. Ncl. de General Sarmiento, Argentina
Letty Fajardo Vera, Holanda
Maria de la Luz Trautmann Santiago Chile
María José Lubertino. Diputada Nacional mc, Argentina, CABA
Martha Ibarra, Moreno, Argentina
Mateo Sotomayor, Ecuador/Quito
Mónica Scandizzo, Argentina
Nora Cortiñas, Madre de Plaza de Mayo-Línea Fundadora, Argentina
Obispo emérito metodista Frank de Nully Brown, Argentina Alta Gracia
Pablo Ibarra, Moreno, Argentina
Sandra Espinoza Vallejos. Intipachamama, Nicaragua
Sandra Morán, Guatemala
Shirley Almeida, Brasil