História

Somos uma rede com 22 anos de caminhada construindo as resistências a partir e desde os povos, territórios, coletivos, organizações e movimentos populares, militantes, indígenas, camponeses, ecumênicos, acadêmicos e de diálogo inter-religioso, de mulheres e jovens, na defesa dos direitos humanos e sociais.

Seguimos atuando e construindo a resistência contra o modelo de dominação capitalista, patriarcal, sexista, racista, classista e extrativista, e lutamos pela anulação e reparação das dívidas financeira, social, socioecológica, de gênero, racial, e histórica/da colonização. Fortalecendo o empoderamento das mulheres nas lutas territoriais por direitos, moradia, combate às violências, esperançando e caminhando na construção da 6ª Semana Social Brasileira por Terra, Teto e Trabalho, e da comunicação como elemento central e estratégico para o enfrentamento deste modelo de dominação.

O começo de tudo

No Brasil, a Rede Jubileu Sul expressa-se numa ampla mobilização que é fruto de um rico processo de debate sobre a dívida nas décadas de 1980 e 1990, promovidos por organizações sociais e populares.

A articulação concreta da Rede foi organizada no Brasil, a partir de julho de 1998, durante o simpósio, em Brasília, sobre a dívida externa. Este processo tem como nascedouro a 3ª Semana Social Brasileira que nesta edição abordou o tema das dívidas sociais. Um dos grandes frutos dessa mobilização foi a organização e realização do Plebiscito Popular sobre a dívida externa no ano 2000.

Em 2001, a rede promoveu um amplo debate com a sociedade para a realização da auditoria cidadã da dívida que permanece como uma campanha, instrumento pedagógico, hoje ampliada para uma visão mais integral da auditoria com participação popular e bandeira prioritária no Jubileu Sul.

No ano de 2002, organizou em conjunto com movimentos sociais o Plebiscito Popular sobre o tema da ALCA, onde mais de 10 milhões de pessoas manifestaram-se contra a assinatura deste acordo. No ano de 2004 deu-se início à 4ª Semana Social Brasileira, que junto com a Rede Jubileu Sul Brasil, a Campanha Brasileira contra a ALCA e outras inúmeras organizações realizou, em 2005, uma Assembleia Popular com mais de 8 mil pessoas em Brasília para debater o Brasil que Queremos. Este processo desencadeado como Assembleia Popular permanece como metodologia de trabalho e de mobilização das redes, campanhas, organizações e plataformas, sendo o Jubileu Sul Brasil uma referência dessa articulação nacional.

A Rede Jubileu Sul Brasil é coordenada por vários movimentos sociais, organizações populares, pastorais, comunidades e militantes em diferentes níveis (local, estadual e nacional), com objetivo comum de articular-se e somar-se na luta contra toda forma de violação de direitos, especialmente promovidos pelo modelo de desenvolvimento capitalista, extrativista, megaprojetos e gerador do endividamento.