*Por Flaviana Serafim e Isabela Vieira – Jubileu Sul Brasil

A economista Talita Guimarães, do Sefras – Ação Social Franciscana, organização membro do Jubileu Sul Brasil, participou em 27 e 28 de junho do seminário “Mercado financeiro e natureza: soluções verdes como nova fronteira de acumulação do capital”, realizado na capital paulista reunindo movimentos populares, organizações da sociedade civil, ativistas e pesquisadores. 

Além de refletir sobre a financeirização de terras e da natureza, o foco do encontro foi a discussão e alinhamento de estratégias de resistência. Outro ponto em debate foram as estratégias para ampliar a visibilidade do tema, ainda distante da pauta dos meios de comunicação.    

Para Talita Guimarães a financeirização diverge com outros assuntos polêmicos e pouco debatidos na nossa sociedade. “É um tema complexo e muito próximo da questão agrária, pelo fato de a financeirização da natureza passar pelo lastro da questão da terra, da posse, da relação produtiva da terra, passando pela mediação do crédito de carbono à financeirização”.

O mercado financeiro vem absorvendo diversos setores essenciais no cotidiano, como saúde, previdência e outros serviços públicos que têm sido privatizados. Por isso o alerta das organizações quanto à financeirização, que converte áreas de terra, águas e a natureza em ativos financeiros “verdes” para o agronegócio. 

Esse momento de interação entre as organizações é importante para trazer soluções pensadas em conjunto e com pontos de vista diversos, viabilizando ações futuras em parceria. “Foi um momento formativo bom mas faltou um pouco de espaço para que as organizações pudessem estar juntas compartilhando as suas ações” afirma a economista.

*Supervisão por Jucelene Rocha

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