No encontro, o secretário nacional Guilherme Simões falou sobre a importância da mobilização popular e propôs que todas as entidades e organizações que atuam na pauta de moradia estejam no Conselho Participativo

Por Isabela Vieira*

Na última semana de março, a Rede Jubileu Sul Brasil (JSB), participou de uma reunião com a Secretaria de Favelas, Cortiços e Ocupações da União dos Movimentos de Moradia (UMM) em conjunto com a Secretaria  Nacional de Políticas para Territórios Periféricos. A participação da Rede foi no âmbito da Ação “Mulheres por reparação das dívidas sociais”, representada pela articuladora Ana Paula Evangelista.

Ao longo do encontro, que contou com a participação de 200 pessoas, foram discutidas a Campanha Despejo Zero, a urbanização de favelas, o plano de integração urbana, e a caravana das periferias, entre outras pautas.

O diálogo entre o secretário nacional, Guilherme Simões, que se apresentou como membro de movimento de moradia, moradores de ocupação, favelas e cortiços, foi importante para que todos tivessem conhecimento de qual a função da  Secretaria Nacional de Políticas para Territórios Periféricos. Além disso, também foram discutidas outras demandas dos presentes, e foram encaminhadas as situações que eram da alçada da pasta. 

Ao microfone, a articuladora Ana Paula Evangelista

Simões, que ressaltou estar acompanhando a Campanha Despejo Zero, falou sobre a importância da mobilização popular e propôs que todas as entidades e organizações que atuam na pauta de moradia estejam no Conselho Participativo, criado justamente para que as discussões não sejam construídas unilateralmente e com o suporte dos movimentos.

Também foi proposto o aprofundamento das discussões sobre a PL 200/23, que dispõe sobre a concessão de auxílio-aluguel às mulheres vítimas de violência doméstica, uma iniciativa  dos movimentos de moradia que fortalece não só as organizações, mas todos os envolvidos direta ou indiretamente com essa pauta.

Por parte dos movimentos de moradia foram sugeridas a criação de um grupo de trabalho que pudesse colaborar com levantamento de dados, cartografia, ou projetos para auxiliar a construção de políticas de urbanização de favelas e prevenção de riscos.

Representantes dos movimentos de moradia na reunião com a Secretaria. Foto: Ana Paula Evangelista

Para Ana Paula Evangelista, articuladora da Ação “Mulheres por reparação das dívidas sociais, o diálogo com o secretário foi “um grande ganho porque conseguimos mapear as localidades e dialogar com os setores responsáveis por acolher as demandas de moradia. Esses encontros são de suma importância, mas não só pras pessoas que estão nos territórios, sobretudo pro Governo que consegue ter essa parceria” completa a articuladora.

As famílias e organizações também avaliaram o diálogo positivamente e acreditam que será possível, por meio do programa Caravana das Periferias, lançar ações e projetos que priorizem políticas públicas para moradia digna e direito à cidade.

*Com supervisão de Flaviana Serafim

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