Curso iniciado em 25 de março visa aprofundar aprendizagem sobre os direitos da natureza a partir de uma visão intercultural no nível nacional e regional, e sua relação com a defesa dos direitos humanos e dos territórios. Processo formativo é realizado em parceria com a Acción Ecológica e a Universidade Politécnica Salesiana do Equador
Por Flaviana Serafim – Jubileu Sul Brasil
No último dia 25 de março, começou o curso de formação “Direitos da natureza a partir da interculturalidade”, realizado virtualmente pela Rede Jubileu Sul/Américas (JS/A) em coordenação com a Acción Ecológica, organização membro do JS/A, e a Universidade Politécnica Salesiana do Equador.
“É um processo de ação que está relacionado e tem um sentido de dar resposta aos objetivos e demandas de processos de seguimento e de formação política e territorial que a Rede Jubileu Sul/Américas, suas organizações membro e aliadas vêm articulando”, afirma a socióloga Martha Flores, secretária geral da Rede e coordenadora da Intipachamama.
Um dos objetivos centrais é gerar empoderamento e aprofundar a aprendizagem sobre os direitos da natureza a partir de uma visão intercultural no nível nacional e regional, e sua relação com a defesa dos direitos humanos e dos territórios.
De acordo com a secretária geral da Rede, o processo de encontro e formação visa contemplar quatro áreas: fazer uma aproximação sobre a compreensão da natureza e da interculturalidade no âmbito dos direitos da natureza; conhecer e compartilhar postos-chave do direito internacional dos direitos humanos, do meio ambiente e da natureza; desenvolver habilidades para aplicação de técnicas de monitoramento sobre violações dos direitos da natureza; poder identificar ferramentas para realizar diálogos interculturais no contexto dos direitos da natureza.
“Para nós é muito importante poder aprofundar esses debates e desenvolver processos de aprendizagem coletivos. Nesse sentido, também estamos muito felizes de que no curso tenhamos a presença de mais de 30 companheiras e companheiros das quatro sub-regiões do Jubileu Sul/Américas que estão inscritos e participando da formação. Foi um momento de encontro intercultural muito importante e muito gratificante para nos dar conta e reafirmar a relevância de empreender esses tipos de processos”, destaca Martha Flores.
Participam mais de 60 pessoas de todo o território de Abya Yala na América Latina e Caribe, além de alguns participantes da Europa, como parte de um processo conectado à política de formação que vem sendo desenvolvida, pensada e promovida coletivamente pela Rede.
Os participantes são de organizações de várias áreas no nível regional, de centros de pesquisa, “um grupo muito diverso e representativo, com grande participação de mulheres e de jovens”, aponta a socióloga.
Os encontros semanais ocorrem ao longo de um mês, sempre às sextas-feiras e sábados, para avançar nos módulos e tópicos já programados, que vão ser facilitados por painelistas de diferentes áreas de estudo.