Quem somos!
Somos uma rede ampla e plural de coletivos, movimentos sociais, organizações populares e ecumênicas, política não partidária, de comunidades, militantes, educadores/as, de mulheres, jovens, camponeses/as, indígenas na defesa dos direitos humanos e sociais.
A Rede Jubileu Sul é formada por vários movimentos sociais e organizações populares, como a Pastoral Social / SSB – CNBB, a Cáritas Brasileira, o Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS), Grito dos Excluídos Nacional, ESPLAR, Pastoral Operária Nacional, Serviço Pastoral dos Migrantes, Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental, Centro Dandara de Promotoras Legais Populares, Rede Feministas. Somos ao todo 27 organizações membro da Rede Jubileu Sul no Brasil com o propósito que nos une, de combater as desigualdades provocadas pelo alto endividamento. Além destas há representações e entidades, movimentos locais, regionais e militantes, acadêmicos que se somam nas várias ações desenvolvidas.
Na América Latina somos parte do Jubileu Sul/Américas que também é uma rede ampla e plural de coletivos, organizações, movimentos populares e militantes, indígenas, camponeses, ecumênicos, de mulheres e direitos humanos, que lutam pela anulação e reparação das dívidas e contra toda forma de dominação capitalista, patriarcal, sexista e extrativista. É um espaço na região para a defesa dos povos, da natureza, e de todas as suas manifestações e expressões. Espaço fundamental e protagonista dos povos nos processos de resistência e na construção de alternativas ao modelo de desenvolvimento em curso.
Trabalhamos juntos no desenvolvimento de um movimento global pelo cancelamento e repúdio às dívidas externas, internas, e exigindo a reparação e restituição do imenso dano que provoca aos países endividados e ao desenvolvimento humano, social, ambiental, político e econômico de nossos povos. Nós, os povos, somos os verdadeiros credores e credoras!
Nossa ação está fortemente inserida na mobilização, articulação e fortalecimento das lutas e resistências territoriais e contra toda forma de exploração, violência e violações provocadas pela submissão de nossos países ao modelo capitalista, tais como o Endividamento que é estruturante do sistema, a Militarização, os Acordos de Livre Comércio que atentam contra os Direitos Humanos e a Soberania dos nossos povos.
Propomos uma integração fundamentada na promoção da vida digna para todas e todos, baseada nos valores do respeito à diversidade cultural dos povos, na colaboração solidária e internacional. Defendemos uma sociedade pautada no combate a desigualdades e os custos humanos, sociais, ecológicos, financeiros e políticos provocados pela dívida e a sua vinculação com as demais políticas de livre comércio, privatização, guerra/militarização, extrativismo e violação sistemática dos direitos humanos. Promovemos o reconhecimento da ilegitimidade da dívida através da investigação integral e por reparações.
De onde viemos!
Seguindo a influência dos movimentos de resistência à dívida que cresceram durante a década de 80, constituimo-nos como Jubileu Sul no ano de 1999 no bojo das campanhas do Jubileu 2000. Incorporamos o conceito SUL porque reflete critérios políticos e ideológicos, além de geográficos do SUL global.
No Brasil, a Rede Jubileu Sul, se expressa numa ampla mobilização e de diálogo inter-religioso, é fruto de um rico processo de debate sobre a dívida nas décadas de 1980 e 1990, promovidos por organizações sociais e populares.
A rede Jubileu Sul se articulou no Brasil, a partir de julho de 1998, durante o simpósio em Brasília sobre a dívida externa. Este processo tem como nascedouro a 3ª Semana Social Brasileira (SSB) que tinha como tema as Dívidas Sociais. Nesta construção organizou-se um plebiscito popular nacional no ano seguinte sobre a Dívida Externa no ano 2000. Em 2001, a rede promoveu um amplo debate com a sociedade para a realização da auditoria cidadã da dívida, que permanece com uma Campanha e instrumento pedagógico e bandeira prioritária no Jubileu Sul. No ano de 2002, organizou em conjunto com movimentos sociais o plebiscito popular sobre o tema da ALCA, onde mais de 10 milhões de pessoas manifestaram-se contra a assinatura deste acordo. No ano de 2004 deu-se início à 4ª Semana Social Brasileira, que junto com a Rede Jubileu Sul Brasil, a Campanha Brasileira contra a ALCA e outras inúmeras organizações realizou, em 2005, uma Assembleia Popular com mais de 8 mil pessoas em Brasília para debater o Brasil que Queremos. Este processo desencadeado como Assembleia Popular permanece como metodologia de trabalho e de organização das redes, campanhas e organizações, plataformas, sendo o Jubileu Sul Brasil uma referência dessa articulação nacional.
É coordenada por vários movimentos sociais, organizações populares, pastorais, comunidades e militantes em diferentes níveis (local, estadual e nacional), com objetivo comum de articular-se e somar-se na luta contra toda forma de violação de direitos, especialmente promovidos pelo modelo de desenvolvimento capitalista, extrativista, megaprojetos e gerador do endividamento.
Somos uma rede com 21 anos de caminhada construindo as resistências a partir e desde os povos, territórios, coletivos, organizações e movimentos populares, militantes, indígenas, camponeses, ecumênicos e de diálogo inter-religioso, de mulheres e jovens, na defesa dos direitos humanos e sociais.
Seguimos atuando e construindo a resistência contra o modelo dominação capitalista, patriarcal, sexista, racista, classista e extrativista e lutamos pela anulação e reparação das dívidas financeira, social, socioecológica, de gênero, racial, e histórica/da colonização. Fortalecendo o empoderamento das mulheres nas lutas territoriais por direitos, moradia, combate às violências, por moradia, esperançando e caminhando na construção da 6ª Semana Social Brasileira por Terra, Teto e Trabalho e a comunicação como elemento central e estratégico para o enfrentamento deste modelo de dominação.