As mulheres são as mais afetadas pela violência, pelo desemprego, pela carestia, pela redução de direitos sociais e pelas políticas de austeridade. O Atlas da Violência 2020, produzido pelo IPEA, mostra a gravidade do feminicídio – em média uma mulher é assassinada a cada duas horas, com predomínio de mulheres negras (68%). As mulheres ocupam menos de 10% das vagas no parlamento e no poder executivo. Nos espaços comunitários também ocorre desigualdade de gênero na ocupação dos cargos de direção, situação que se agravou frente à pandemia de Covid-19.
Inserida nesse contexto, a Rede Jubileu Sul Brasil busca promover ações de defesa dos direitos sociais das mulheres, com iniciativas direcionadas a grupos e comunidades. Nesse sentido, as ações da Rede buscam fortalecer o controle social sobre a política macroeconômica do Brasil, em especial no campo da seguridade social (saúde, previdência e assistência social), bem como garantir a promoção da segurança jurídica e da proteção da vida, dado o alarmante cenário de violência física, psicológica e patrimonial que as mulheres enfrentam.
Para alcançar as transformações desejadas, a Rede Jubileu Sul Brasil lidera diversas iniciativas, como a execução de projetos territoriais e a organização de momentos formativos, e de partilha de experiências e saberes. Entre os principais territórios das ações de incidência estão: Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), São José dos Campos (SP), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) , São Paulo (SP), Manaus (AM) e Rio de Janeiro (RJ).
As iniciativas são compartilhadas e fortalecidas por meio do Coletivo de Mulheres da Rede Jubileu Sul Brasil. O grupo se reúne periodicamente para compartilhar vivências, articular novas ações e organizar a caminhada na luta por direitos.
Leia também:
A dívida pública e o impacto na vida das mulheres
Manual de orientação para educadoras que lidam com situações de violência doméstica
Rede Jubileu Sul Brasil realiza segunda formação em comunicação para mulheres