Por Comunicação da Rede Jubileu Sul Américas
Os trabalhos da V Assembleia Regional do Jubileu Sul América continuam em seu terceiro dia, na Cidade de Guatemala. Nesta manhã, 3 de abril, o momento da mística organizada pelos 14 brasileiros presentes se tornou um momento de homenagem à ex-vereadora Marielle Franco, assassinada com quatro tiros na cabeça, após seu carro ser alvejado na região central da cidade do Rio de Janeiro, na noite do dia 14 de março de 2018. Na mesma noite, Anderson Barbosa, seu motorista, também morreu baleado.
“Marielle defendia os direitos de todas nós mulheres que vivemos nas periferias. Lutava pelo direito de sermos quem somos. Era uma jovem saída da favela, lésbica, que transbordava energia e denunciava as diversas formas de violência a que as juventudes da periferia estão submetidas. O assassinato de Marielle reflete bem o momento de perseguição que os defensores de Direitos Humanos estão atravessando em nosso país”, disse Rosilene Wansetto, da Secretaria Executiva da Rede Jubileu Sul Brasil.
Marielle se formou pela PUC-Rio, e fez mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Sua dissertação teve como tema: “UPP: a redução da favela a três letras”. Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado de Marcelo Freixo. Iniciou sua militância em direitos humanos após ingressar no pré-vestibular comunitário e perder uma amiga, vítima de bala perdida, num tiroteio entre policiais e traficantes no Complexo da Maré. Aos 19 anos, se tornou mãe de uma menina. Isso a ajudou a se constituir como lutadora pelos direitos das mulheres e debater esse tema nas favelas.
Conheça quem foi Marielle, por ela mesma