Nora Cortiñas completará 90 anos no próximo dia 22 de março. Em meio à crise que vive a Argentina, mas olhando para a realidade de nossa América, do Sul global e de todo o mundo, ela decidiu que – como seu presente – deseja apenas o cancelamento de todas as dívidas que estão empobrecendo, escravizando e matando tantos povos em todo o planeta.
Você pode nos ajudar com este presente? Juntas e juntos, podemos divulgar seu pedido, somar nosso apoio e fazê-lo chegar aos governos, instituições e atores econômicos indicados.
Veja o chamamento aqui e adicione suas assinaturas: https://forms.gle/i9X6HpV3v6Gw69tK6
Nós venceremos! Nora nos encoraja agoracomo em todas nossas lutas.
O Jubileu Sul/Américas, convida você a assinar o chamamento aqui: https://forms.gle/i9X6HpV3v6Gw69tK6
Apoiamos Nora em sua reivindicação pela anulação da dívida! (Se possível, antes de 22 de março de 2020)
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A dívida usurária e ilegítima escraviza e mata muitos povos no mundo. Mais e mais povos, especialmente no Sul global, são privados de seus direitos a uma vida decente e condenados a enfrentar situações precárias extremas, como fome, sede, doença, despejo, desemprego, dívidas privadas impagáveis, migrações, violência e guerra.
Essa realidade tem um vínculo inevitável com o endividamento público dos Estados, sobre o qual os povos não são consultados nem têm controle, embora os impactos desastrosos caiam sobre eles. A realização de auditorias abrangentes dessas dívidas, conforme proposto pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, revelaria sua natureza ilegítima, ilegal e odiosa.
O poder concentrado da dívida e das finanças incide na perda de soberania dos países. Manifesta-se em uma crescente pressão, alteração e apropriação da natureza, de todos os espaços que abrigam a vida, como água, ar, florestas e solos. É uma forma de ditadura que coloca a vida em função do lucro.
Denunciamos os responsáveis por esses crimes de lesa humanidade e contra a natureza – os vários governos do mundo, instituições financeiras como o FMI, o Banco Mundial e outros bancos multilaterais, fundos de investimento e detentores de títulos – para reconhecer a seriedade da situação e anular as dívidas que empobrecem e subjugam países inteiros. Como propõe o Jubileu Sul, chamamosa restituir aos povos e à natureza o que tiraram deles, restaurando a igualdade, o equilíbrio e a possibilidade de uma vida decente.
Agora mesmo, as consequências de anos de pilhagem e desequilíbrio neoliberal estão golpeando drasticamente e cada vez mais e mais vozes estão alertando sobre uma nova crise econômico-financeira, impulsionada pela lógica insana de acumulação e destruição que governa hoje, uma verdadeira ditadura de dívidas e finanças. Estamos vivendo o momento propício e necessário para mudar esse rumo, com unidade dos povos e medidas firmes e soberanas que alcançam as raízes do flagelo. Juntos e juntos, podemos construir outras estradas.
Pela anulação das dívidas que empobrecem, escravizam e matam!
Restituição e reparação aos povos e à natureza!
A vida acima da dívida!