A rede Jubileu Sul Brasil realizou nos últimos 12 e 13 de março sua reunião de coordenação geral, em Brasília. O encontro reafirmou os posicionamentos da rede em relação aos processos ilegítimos de endividamento do país, reforçou a campanha de solidariedade e pela retirada das tropas da missão de estabilização da ONU no Haiti, a Minustah, e afinou agenda de luta e participação do JSB em nível nacional e regional.
Várias organizações participaram, no primeiro dia, da reunião de articulação da Campanha em Solidariedade ao povo haitiano, onde se falou da necessidade de se traçar estratégias mais incisivas, inclusive de esclarecimento tanto entre os movimentos sociais no Brasil como no Haiti.
Fedo Bacourt, da União Social de Imigrantes Haitianos, falou sobre a situação dos haitianos que chegam ao Brasil e que se encontram em situação delicada, sem documentação, sem emprego, sem moradia. Segundo ele, houve uma abertura para receber os haitianos, mas não há uma política de acolhida que assegure dignidade para os imigrantes. Para ele, é necessário que a campanha também informe sobre a realidade brasileira para os haitianos.
Entre alguns dos encaminhamentos, será realizado um seminário – no qual mais organizações podem se somar – em maio para aprofundar e debater mais os rumos da campanha pró-Haiti.
Diante de várias contribuições dadas na reunião, foram apontados elementos importantes para impulsionar um campanha mais forte e informativa sobre o Haiti, sobretudo, dentro do endividamento histórico do país. O seminário está previsto para maio deste ano.
Ainda durante a reunião da coordenação, foram lançados a nova página da rede e o vídeo comemorativo dos 15 anos do Jubileu Sul Brasil. No dia seguinte, a equipe também apresentou o plano de comunicação para atender todas as demandas da área.
Uma análise de conjuntura também foi feita com a contribuição dos/das participantes com o objetivo de debater o atual panorama político brasileiro. A reunião também debateu sobre o calendário de eventos e agenda de luta na qual o Jubileu Sul Brasil se fará ativo e presente.
O encontro se encerrou com a certeza de que cada vez mais é urgente afirmar que todo processo de endividamento é nocivo com consequências graves para as populações mais pobres. As remoções por conta dos megaeventos e megaprojetos foram citadas como exemplo.
Nos dias 14 e 15 de março foi realizado o curso “O Estado Financeirizado”, em Brasília. A ideia é que o curso possa ser realizado em outras cidades, através de articulações da rede.