Por Marcos Arruda, em 11.12.15

Amigxs,

Temos recebido centenas de assinaturas ao Juramento de Paris, em poucos dias! Queremos, no entanto, acrescentar uma observação importante. Nosso Juramento não deve levar-nos a ignorar o trabalho de grande empenho, coragem e dedicação de pessoas das delegações oficiais de diversos países, antes e durante as negociações da COP21.

Outra observação: China, India e Brasil estão entre os países que recusar dar ao Acordo vindouro da COP21 um caráter compulsório, com o argumento de que ele fere a soberania dos países. Este é um argumento enganaddor e hipócrita.

A saúde da vida no Planeta Terra é um bem da Família Humana, sem fronteiras, e não pode nem deve estar subordinado aos caprichos de qualquer país. Lembremos que o Brasil em Estocolmo, 1972, defendia o direito dos países subdesenvolvidos de poluírem e destruírem ecossistemas para “se desenvolverem”, assim com os países industrializados tinham tido este direito… Aberrante, esta posição! Mas ela tem prevalecido no Brasil, desde a ditadura até hoje!!! Com este pretexto lamentável a destruição das Florestas tropicais do Brasil continuam, sobretudo da Amazônica. Soberania? Então, por que todos os setores mais dinâmicos e rentáveis da economia do Brasil são presas de oligopólios transnacionais, não importa a sua base territorial? Onde está a soberania do Brasil quando o Governo Federal abre as portas do país para a Monsanto e a Syngenta dominarem mercados deletérios, como o das sementes transgênicas e dos agrotóxicos, muitos deles proibidos em diversos outros países? A indústria química e farmacêutica, a automobilística… O Acordo de Paris deveria ser compulsório e sujeito a sanções! Mas quem fiscalizaria seu cumprimento e sancionaria seus violadores? A ONU, infelizmente, não está à altura disso, embora ela seja a instituição de governança global mais própria para cumprir esta função!!!

Abraços,

Marcos

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