Desprezo aos direitos dos brasileiros, leis excludentes e remoções forçadas, estas são apenas algumas das situações ocasionadas pela realização da Copa do Mundo no Brasil e denunciadas pelos movimentos sociais. Diante desse cenário, o Jubileu Sul em parceria com a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop) vem convocando o apoio de organizações para Campanha “Copa pra quem?”, que objetiva, além de questionar o legado deixado após a Copa de 2014, expor as violações de direitos humanos sofridas pela população brasileira em detrimento da realização do evento.
De acordo com o Jubileu, moradores da comunidade Lauro Vieira Chaves, em Fortaleza, por exemplo, têm sofrido os efeitos de uma obra de mobilidade urbana exigida pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). Acesse o vídeo sobre a situação da comunidade.
Portanto, o legado da Copa é fortemente questionado, pois, segundo a Ancop, o Estado Brasileiro não respeitou as reivindicações feitas pela organização, como o fim das remoções e despejos de moradias; garantia à população carente de políticas de acesso à alimentação, abrigo e higiene pessoal; trabalho e assistência social; revogação imediata das áreas exclusivas da Fifa, previstas na Lei Geral da Copa; criação de campanhas de combate à exploração sexual e ao tráfico de pessoas; a não instalação dos tribunais de exceção no entorno dos estádios; a revogação da lei que concede isenção fiscal à Fifa e suas parceiras comerciais; auditoria popular da dívida pública; o arquivamento imediato dos PLs que tipificam o crime de terrorismo; a desmilitarização da polícia e fim da repressão aos movimentos sociais.
Para aderir e divulgar a campanha “Copa pra quem?” use nas redes sociais as hashtags #FIFAaquiVocêNãoApitae #Copa pra quem?
Por Adital