Durante a semana de 14 à 20 maio de 2018, Jubileu Sul Américas esteve presente em diversas atividades relacionadas à coordenação dos processos regionais destinados a fortalecer as lutas continentais. Essas atividades foram acompanhadas por companheiras de rede: Beverly Keene/Argentina (Dialogo 2000) e Sandra Quintela/Brasil (PACS/Jubileu Sul Brasil).
A primeira atividade foi o encontro de organizações membros de espaço de articulação regional: Jornada Continental Pela Democracia e Contra o Neoliberalismo. Entre os dias 14 e 15 de maio na cidade de Buenos Aires, as organizações discutiram as estratégias de organização, fortalecimento e coordenação de agendas continentais que visam unir os vigores e tarefas comuns.
Um acordo comum e vital será a luta conjunta contra o G-20, de modo que a intenção é a realização de ações antes e durante a semana de ação contra a cúpula, a ser realizada de 30 de novembro a 01 de dezembro de 2018 em Buenos Aires; as ações serão estendidas aos demais países da região da América Latina e Caribe.
O sentido de articular ações é fortalecer os laços construídos nas últimas décadas, a partir dos diferentes espaços e trincheiras das lutas, identificando pontos comuns que nos permitem enfrentar ao modelo de exploração e acumulação dos bens comuns. Esta agenda passa pela implementação de diversas ações locais que serão divulgadas e articulados conjuntamente com os diferentes movimentos e organizações que compõem essa ampla articulação da Jornada Continental.
Posteriormente, no dia 19, o Jubileu Sul Américas esteve presente no Primeiro Encontro Internacional Preparatório Contra o G-20, um espaço que está sendo construído dentro das organizações argentinas e neste momento contou com a presença de organizações internacionais e da região. Os objetivos do encontro foram:
a) Interiorizar e internacionalizar os espaços para gerar convergência o mais ampla possível contra o G20.
b) Tornar visível a agenda dos povos e as alternativas ao sistema atual e, ao mesmo tempo, rejeitar as políticas do G20, demonstrando sua conexão com o poder corporativo e com o FMI.
c) Tornar visíveis as lutas de resistência em curso na Argentina e na América Latina e Caribe e como elas estão fazendo o enfretamento ao G20.
d) Construir um espaço de luta contra a cúpula do G20 e para além da agenda da cúpula, em dezembro e, nesse sentido, ratificar o espírito de confluência, autogerida e heterogênea, a fim de ampliar os acordos.
Para o Jubileu Sul Américas ser parte deste processo é continuar a investir na construção e consolidação de áreas de convergência na região. Este primeiro encontro preparatório é um passo importante na organização da mobilização e resistência contra a agenda de privatização, tornando visível o que acontece nos país em termos de violações de direitos humanos, bem como o retrocesso dos direitos alcançados pelos trabalhadores e trabalhadoras. Trata-se da imposição de um modelo de morte sobre a vida. É por isso que continuaremos nos processos de lutas e resistências.