Chamado à mobilização e solidariedade global com a Venezuela
Nós, os povos, nos mobilizamos pela paz e pela soberanía
América Latina e Caribe unidos com o povo venezuelano
A rede Jubileu Sul/Américas se pronuncia!
 Diante das ameças bélicas proferidas pelo presidente dos Estados Unidos e o outros altos funcionarios de seu governo, contra nossa nação irmã Venezuela, escalando de maneira grave a política intervencionista impulsionada há tempos, nos sentimos chamados a expresar nosso mais forte e enérgico rechaço, sabendo que tais rechaços, sabendo que tais ameaças representam os claros intereses imperiais das elites que continuam colocando em risco a vida de qualquer povo que decide construir seu próprio destino.
A partir disso, expressamos:
Que a Venezuela não representa ameaça nenhuma para a paz e segurança. Pelo contrário, reconhecemos os esforços que, nos últimos quase 20 anos, vinham sendo realizados, mesmo que fossem encabeçados pelo presidente Chávez e na atualidade pelo presidente Nicolás Maduro, fortes defensores e incentivadores de mecanismos de integração regional para desenvolver processos de cooperação baseada na solidariedade e irmandade e avançar na construção concreta da Pátria Grande.
Que o povo venezuelano é quem deve decidir o rumo pelo qual transitar, tendo o total direito de defender seu território, soberania e direito à paz e à vida.
Que se deve respeitar as instituições e mecanismo contidos na Constituição Venezuelana, isso inclui a recém aprovada Constituinte. Por isso rechaçamos as ações externas que continuam pretendendo desconhecer decisões que só diz respeito aos envolvidos.
Denunciamos:
Que a história de intervenção estadunidense sobre nossos povos data do início do século pasado; a ingerência, a imposição de ditaduras militares, marcando as páginas de nossa história com sangue de milhões de homens e mulheres se estendem no mundo de todas as formas, onde suas tropas e seu poder econômico impuseram suas botas invasoras.
Só a história recente dá conta dos golpes de Estado deste século em nossa região: Haiti (2004). Honduras (2009), Paraguai (2012) e Brasil (2016). Os mesmo têm efeitos palpáveis na vida de nossos povos com ocupações militares, violações aos direitos humanos, tentativas de extermínio das populações em resistência e luta, de nossa cultura, apropriação e saque dos bens naturais, ampla participação e benefícios para as empresas transnacionais e uma clara consequência na criação de aumento de dívidas financeiras, sociais e ambientais.
Que a direita venezuelana utiliza mecanismo fascistas para violentar o direito à vida, à democracia, à paz, sendo que nos últimos meses, suas ações de violencia extrema tiraram a vida de dezenas de pessoas, sendo assassinadas, queimadas, decapitadas, só por parecer ou ter afinidade com o governo. Nesse sentido, se evidencia a total hipocrisia de diversos governos e organismos internacionais, ao pregar a defesa dos direitos civis e a democracia, enquanto cometem crimes de lesa humanidade contra a população civil.
O que está em jogo não é só o futuro da Venezuela, é todo nosso continente uma vez mais ameaçado pelas políticas imperiais, já que através da violência e do terror, pretendem submeter novamente nossos povos e territórios em conflitos bélicos.
Portanto, fazemos um chamado:           
A nos pronunciarmos ativamente em defesa da soberania do povo venezuelano, que é em si a defesa de nossa Pátria Grande, entendendo que estas ações de violência se dão dentro do projeto dos Estados Unidos e seus aliados para recuperar sua hegemonia.
Ao desconhecimento e denúncia do papel orquestrado que as transnacionais da comunicação jogam, assim como o papel que fazem suas filiais não só na Venezuela, mas em cada um de nossos países.
À denúncia ativa do papel de ataque à Venezuela, como por exemplo, que os governos de varios países de nosso continente estão tendo neste contexto a pedido expresso dos EUA, mesmo que enfrentem em seus países várias denúncias por violação sistemática de direitos de suas populações.
À denúncia e rechaço dos grupos fascistas que estão perpetrando na Venezuela atos de violencia contra a população e das obras de infraestrutura de serviço público e privado.
A mantermo-nos alertas e nos pronuciarmos ativamente em cada um de nossos países, mostrando a solidariedade ao povo da Venezuela e o respeito ao governo constitucional de Nicolás Maduro.
A invocar a força ancestral de nossos povos antigos, guerreiros e libertadores de nossa AbyaYala, que guiem o camino daqueles que levantam a voz, o corpo e a alma para dizer:
 Não ao ingerencismo imperial,
Sim à vida, à dignidade, à autodeterminação dos povos!
NÃO DEVEMOS!!!! NÃO PAGAMOS!!!
NÓS, OS POVOS, SOMOS OS CREDORES!
 Agosto 2017
(FOTO: PORTAL VERMELHO)

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