A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa indicou a Fifa e a entidade internacional que rege o futebol figura entre os candidatos a pior corporação do mundo, na Public Eye Awards. O prêmio expõe a prática de negócios irresponsáveis e proporciona uma plataforma para criticar publicamente casos de violações de direitos humanos e trabalhistas, destruição ambiental ou corrupção. Para votar, basta acessar o endereço http://publiceye.ch/pt-pt/votacao/.
A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa considera que “o Brasil enfrenta diretamente os impactos negativos da realização da Copa do Mundo da FIFA de 2014, especialmente para as pessoas que vivem nas áreas das obras dos projetos ou perto delas. Centenas de milhares de pessoas nas 12 cidades anfitriãs foram forçadas a deixar suas moradias, perdendo seus lares e subsistência. Além disso, a FIFA não tem nenhuma intenção de permitir que pequenas empresas e negócios familiares se beneficiem das oportunidades emergentes durante o torneio”.
Em 2013, a Shell recebeu o prêmio do público e a Goldman Sachs ficou com o prêmio do júri. A votação que a Fifa concorre segue até janeiro e é relativa justamente ao ano do Mundial de 2014. Assim como a entidade maior do futebol, outras sete corporações foram indicadas e também concorrem nessa votação dos violadores de direitos: Gazprom, Glencore Xstrata, HSBC, Marine Harvest, GAP, Escom e Sygenta, Bayer, Basf.
As nomeações podem ser sugeridas ao longo de todo o ano, mas só as que foram realizadas até o final de agosto foram consideradas para o Public Eye Award de 2014. A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa foi quem fez a indicação da Fifa e é formada pelos 12 Comitês Populares da Copa que se formaram em todas as cidades sede do Mundial de 2014. Segundo os organizadores da votação, as nomeações são avaliadas pela equipe da Public Eye e pelo Instituto de Ética de Negócios, da Universidade de St. Gall, na Suíça. O júri de especialistas selecionou as empresas mais irresponsáveis para o Prêmio do Público.