Convocados para avançar para uma integração soberana e solidária dos povos do Caribe, representantes de organizações sindicais, políticas, feministas, ambientalistas, camponesas, juvenis, de outros setores sociais e populares de 12 países da região, nos reunimos no Main Camp de Curaçau de 2 a 5 de 2015, para discutir, refletir e propor ferramentas que nos permitam construir agendas de luta frente aos grandes desafios e impactos da crise multidimensional do sistema capitalista mundial e seus efeitos no interior de nossas sociedades.
Constitui uma vergonha que, em pleno Século XXI, o Caribe se distinga por ser a região do mundo que ainda conserve os índices mais elevados de territórios sob o jugo colonial e neocolonial. O ambiente gerado na discussão deste dias nos compromete a seguir trabalhando, enquanto seja possível espaço, para conseguir a convergência e articulação em nossas lutas pela justiça social, em promover uma identidade caribenha baseada no respeito à diversidade e na resistência frente a todas as agressões e formas de opressão imperialista. Entre a dominação e as crises, o Caribe resiste e existe!
Chegamos até aqui para denunciar a implementação de políticas neoliberais, a militarização e os planos de expansão geopolítica que, no espírito de apropriação por parte das potências hegemônicas, tratam de enfraquecer os limitados recursos naturais de nossos povos.
Esta Assembleia dos Povos do Caribe tem o compromisso de avançar na luta pela construção de uma sociedade nova, socialista e solidária articulando com isso a luta do Caribe com a de todo o Continente.
As e os participantes da 6 Assembleia dos Povos do Caribe ratificam o compromisso inalterável de respaldo ao projeto de integração e coesão latino-americano e caribenho expressado na Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (Alba-TCP), Petrocaribe, Comunidade do Caribe (Caricom), Comunidade de Estados Latino-americanos e do Caribe (Celac), Associação de Estados do Caribe (AEC), entre outros, pois representam uma oportunidade histórica de avançar em benefício do desenvolvimento econômico, social e político de nossas pequenas economias subdesenvolvidas.
Neste sentido, reconhecemos os aportes dos governos de Cuba e Venezuela que contribuíram com recursos materiais e humanos para o bem-estar e desenvolvimento socioeconômico dos países caribenhos. Há mais de 10 surgiu o projeto de benefício socioeconômico graças à vontade e gestos solidários dos presidentes Fidel Castro e Hugo Chávez.
A Assembleia dos Povos do Caribe, como dinâmica coletiva, de vocação anticolonialista, anti-imperialista, anticapitalista e antipatriarcal, reafirma novamente sua inteira disposição em buscar mecanismos e ferramentas que fortaleçam a solidariedade permanente e ativa entre seus povos, potenciando projetos de cooperação, em implementação ou de novo modelo para avançar nos objetivos de desenvolvimento sustentável que contribuam para eliminar a pobreza, promovam a segurança alimentar, adotem estratégias de adaptação no combate à mudança climática e suas devastadoras consequências. Para conseguir estes objetivos deve existir a vontade política dos Estados para avançar, de forma conjunta, com a instituições e organizações encarregadas nas metas traçadas e nas aspirações de seus povos.
Para ler mais, clique aqui.