Por Rogéria Araujo
A comunidade Maravilha, em Porto Velho, em parceria com a associação Arirambas realizará ao longo do ano uma série de atividades que tem como objetivo fortalecer a luta dos moradores e moradoras das comunidades ribeirinhas. A primeira delas foi a oficina aconteceu no dia 1 de abril com o tema “Memória e (Re) Conhecimento da Comunidade Maravilha”. Nesta ação, os participantes puderam buscar em suas próprias histórias e na história da comunidade, situada à margem do Rio Madeira, os valores da união, da identidade e organização.
De acordo com Luis Fernando Novoa, professor da UNIR, membro da Associação Arirambas e representante da rede Jubileu Sul Brasil, “nesse primeiro momento, procuramos dar visibilidade ao processo de autodefinição da Comunidade Maravilha como tradicional. Resgatamos relatos dos moradores mais antigos, a trajetória da comunidade antes e depois das hidrelétricas. Ao final, foram apresentados instrumentos legais de reconhecimento da posse da terra e do uso tradicional do território”.
As próximas etapas previstas são agendas junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Superintendência do Patrimônio da União (SPU) e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para que seja criada uma área de proteção e uso sustentável.
Todas estas ações são encaminhamentos definidos depois de uma Audiência Pública que ocorreu na Comunidade Maravilha no dia 11 de fevereiro deste ano. Assim, no coletivo, foi determinado que se faria, além de oficinas, sistematização das principais reivindicações da Comunidade, visibilizar de forma ampla as questões que afetam a Maravilha e demais Comunidades Ribeirinhas, formação de uma Comissão de Moradore/as para dar continuidade às ações, encaminhamento de ofícios às Instituições Públicas presentes (e as ausentes também) na Audiência, entre outras.
O Coletivo Popular Direito à Cidade, o PROEP/UNIR e a Arirambas vêm acompanhando e apoiando o processo de luta, organização e fortalecimento de Maravilha no momento. O cenário está aberto para outras organizações/projetos/movimentos atuarem. O objetivo é somar esforços e iniciativas de forma articulada.
Em setembro de 2016, em parceria com a Arirambas, a rede Jubileu Sul Brasil realizou a oficina “A resistência das comunidades ribeirinhas e de pescadores aos grandes projetos”.
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