A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), através do Setor Mobilidade Humana, divulgou durante a 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil um folder com orientações sobre a Copa do Mundo no Brasil.

O folder surgiu após encontros entre representantes das 12 cidades-sede do mundial e busca mostrar formas de acolher o turista e orientar as comunidades locais sobre os riscos de um evento como a Copa do Mundo. Aborda desde a exploração escrava do trabalho, exploração sexual, o tráfico de pessoas, tráfico de entorpecentes, aponta os lados positivo e negativo da Copa.

Na publicação, a Igreja expressa preocupação com a exclusão de milhões de cidadãos ao direito à informação e à participação nos processos decisórios sobre as obras que foram realizadas para o evento e com o desrespeito à legislação e ao direito ambiental, trabalhista e do consumidor, por exemplo.

O folder ainda traz exigências de que aconteçam ações eficazes para evitar o trabalho escravo, o tráfico humano e a exploração sexual, com “punição exemplar e ágil para com os infratores”.

Algumas ações sugeridas no folder também foram lembradas por dom Anuar Battisti – bispo referencial da Pastoral do Turismo, como a identificação das principais igrejas e santuários das cidades, a celebração de missas em vários idiomas, buscando, segundo o bispo, mostrar ao turista a presença da Igreja Católica no Brasil.

Considerado como documento motivador, o folder tem em seu texto trechos da mensagem da CNBB, “Jogando pela Vida”, sobre a Copa do Mundo, publicada em 13 de março deste ano.

“O sucesso da Copa do Mundo não se medirá pelos valores que injetará na economia local ou pelos lucros que proporcionará aos seus patrocinadores. Seu êxito estará na garantia de segurança para todos sem o uso da violência, no respeito ao direito às pacíficas manifestações de rua, na criação de mecanismos que impeçam o trabalho escravo, o tráfico humano e a exploração sexual, sobretudo, de pessoas socialmente vulneráveis e combatam eficazmente o racismo e a violência”, disse dom Anuar.

Informações com Irmã Claudina Scapini, do Setor Mobildiade Humana da CNBB.

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Com informações do Setor de Imprensa da CNBB

 

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