Confira o balanço das atividades realizadas na Jornada Nacional das Mulheres Sem Terra deste ano, que mobilizou cerca de 20 mil das 5 regiões do Brasil

Por Página do MST

Cerca de 500 famílias do MST ocuparam a fazenda “Aroeiras,” em Lagoa Santa, MG. Ações da Jornada Nacional tem como lema: “Lutaremos: Por nossos corpos e territórios, nenhuma a menos!”. Foto: Dowglas Silva

Nutridas de indignação, mística e rebeldia, as mulheres Sem Terra seguem em luta todos os dias para assegurar a liberdade de seus corpos e territórios. E com a chegada de Março, durante os dias 6, 7 e 8 as camponesas do MST realizaram a Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, com o lema: “Lutaremos: Por nossos corpos e territórios, nenhuma a menos!“.

Marchas, trancamentos, espaços de formação, ocupações e protestos em frente ao INCRA e na Embaixada de Israel foram algumas das ações com a participação das mulheres do campo e da cidade. Elas denunciam as violências estruturantes, do sistema capitalista que agridem os corpos e adoece as mulheres todos os dias.

“A violência pode ser vista nos despejos, na mudança de legislação como a do agrotóxico, do marco temporal e na violência cometida pelas invasões dos territórios; nas expulsões e em tantas outras formas de violência que esse capital tem nesse espaço. E isso tem impacto na violência contra os corpos das mulheres”, afirmou Lucinéia Freitas, da Direção Nacional do Setor de Gênero do MST.

Ato das mulheres Sem Terra no Maranhão. Foto: Mariana Castro

As mulheres também denunciam a mercantilização dos territórios e da natureza, além de combater o patriarcado, o racismo e a LGBTfobia do capitalismo, do agronegócio e da mineração. “Para nós, mulheres Sem Terra, enfrentar a fome, enfrentar as mudanças climática passa, necessariamente pela Reforma Agrária. Passa necessariamente pela garantia do direito à terra e ao território. O problema da fome no Brasil não é a produção. O problema da fome no Brasil é a dinâmica da produção, que não é de alimento, mas de mercadoria”, enfatiza Lucinéia.

Acima de tudo, essas ações defendem o projeto de Reforma Agrária Popular do MST, que busca garantir a soberania alimentar do país, a partir da ocupação de latifúndios que não cumprem a função social da terra, para a criação de assentamentos voltados para a geração da vida e desenvolvimento no campo, com a produção de alimentos saudáveis, tendo como base uma matriz de produção agroecológica, em equilíbrio com a natureza e os bens comuns.

Foto: André Gouveia

Ao todo, as mobilizações ocorreram em 23 estados e DF onde o MST está organizado, mobilizando mais de 20 mil mulheres Sem Terra. Confira abaixo as ações realizadas em diferentes cidades nas 5 regiões do país!

Sul

Paraná

No Paraná, marchas, formações, audiências e assembleias foram preparadas por mulheres integrantes de movimentos populares, sindicatos e coletivos locais de todas as regiões do estado. Mais de 500 mulheres do campo e cidade realizaram nesta quinta-feira (07) uma marcha por direitos, em Curitiba. Com cartazes, faixas e “gritos de ordem”, a mobilização partiu da praça 19 de Dezembro e seguiu até a praça Nossa Senhora de Salette, no Centro Cívico. Após a marcha, cerca de 100 pessoas participaram de uma audiência pública com representantes do poder público local, estadual e federal.

Foto: Juliana Barbosa

Em Porecatu, norte do Estado, mais de 500 camponesas, trabalhadoras do campo se uniram em marcha e seguiram até a Praça da Igreja Matriz para um Ato Político pela Reforma Agrária. Em Ivaiporã, cerca de 260 mulheres do MST, Sindicato dos Trabalhadores e APP Sindicato saíram em marcha e protestaram contra as desigualdades sociais, a fome e a pobreza. A reivindicação central é a cobrança de eficiência e atuação no caso da denúncia do feminicídio da Maria Raimunda Correia, conhecida como Raimundinha, assassinada dia 17 de abril de 2023.

Rio Grande do Sul

Neste 8 de março, assentadas do Rio Grande do Sul divulgaram um manifesto onde reivindicam as pautas e debatem com a sociedade temas essenciais para a geração da vida, da natureza, da produção de alimentos saudáveis. As mulheres também participaram de uma agenda com o superintendente do Incra no Rio Grande do Sul, Nelson Grasseli.

Entre as pautas discutidas em Porto Alegre, destacam-se assentamento emergencial para as cerca de 800 famílias acampadas, cestas básicas para as famílias acampadas no RS, cronograma de vistoria de áreas para futuros assentamentos, Pronaf Mulher, inclusão dos pagamentos e vencimentos de programas como Fomento Mulheres, em processos de anistia de dívidas, dentro da justificativa de Emergência climática no estado.Uma marcha prevista para a tarde desta sexta (08) teve que ser adiada por causa das fortes chuvas e enchentes na região da capital Porto Alegre, mas já está reagendada para o próximo dia 14 de março.

Santa Catarina

As mulheres Sem Terra de Santa Catarina ocuparam na manhã deste 8 de março a sede do INCRA, em Florianópolis, para reivindicar o assentamento das famílias acampadas, e o fomento mulher. O ato político, que também contou com mulheres do MST de outras entidades e movimentos sociais do campo e da cidade, pediam o fim de toda a opressão que sofrem seja dentro de casa, na rua, em seu ambiente de trabalho.

Em Chapecó, um ato em defesa dos direitos das mulheres contou com aproximadamente 350 mulheres Sem Terra, que se uniram a representantes de partidos políticos, dirigentes de movimentos sociais, representantes de movimentos estudantis, entre outras entidades, sempre visando que “lugar de mulher é onde ela quiser”.

Sudeste

Minas Gerais

Uma das ações de maiores impactos deste 8 de março foi realizada em Minas Gerais, onde cerca de 500 famílias do MST ocuparam a fazenda “Aroeiras,” no município de Lagoa Santa, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A ocupação é motivada pelo não cumprimento da função social da terra, já que a propriedade estava abandonada pelos proprietários é improdutiva. Segundo a direção do MST em Minas Gerais, a ocupação tem um caráter reivindicativo de de denúncia já que atualmente, existem mais de 5 mil famílias acampadas no estado à espera do assentamento definitivo.

Rio de Janeiro

Mulheres Sem Terra, vindas das áreas de acampamento e assentamento da Reforma Agrária das regiões norte, sul e dos lagos do Rio de Janeiro, juntamente com as companheiras da Brigada Nacional Joaquin Piñero do MST em Maricá e outros movimentos feministas da cidade fluminense, se concentraram no Armazém do Campo do RJ rumo ao Instituto Nacinal de Colonização e Reforma Agrária (Incra-RJ). Em seguida, as camponesas seguem para o Ato Unificado das mulheres na capital carioca.

Espírito Santo

Na quinta-feira (07), mulheres Sem Terra ocuparam a Assembleia Legislativa do Espírito Santo em Vitória. Elas denunciam as ofensivas contra a realização da Reforma Agrária que tem acontecido no último período pelos deputados e deputadas estaduais contrários a luta popular.

Foto: Heron Neves

São Paulo

Na capital paulista, cerca de 200 trabalhadoras Sem Terra ocuparam a Superintendência do Incra na parte da manhã desta sexta-feira (8). Vindas de diversas regiões do estado, a mulheres reivindicam a destinação de terras para a Reforma Agrária, a desburocratização do acesso ao crédito mulher, denunciam a violência no campo e reafirmam a luta em defesa da vida das mulheres.

No início da tarde, as mulheres Sem Terra do estado de São Paulo realizaram um escracho de denúncia e agitação na loja Conceito AMTT, revendedora de armas das empresas de armas e cartuchos, Taurus e CBC. A ação tem como objetivo trazer à tona e denunciar as grandes empresas que enriquecem através da produção e comercialização de armas, favorecendo o aumento do feminicídio por armas de fogo no Brasil, que são responsáveis por 51% dos assassinatos de mulheres; destas 70% são negras.

Foto: Divulgação MST SP

Em Iaras, interior de São Paulo, cerca de 50 mulheres realizaram protesto por crédito e fomento para o trabalho e produção nos territórios da Reforma Agrária. O ato aconteceu em frente ao Banco do Brasil e contou com participação de assentadas e acampadas de IarasBauruPromissão e Agudos.

Também em frente ao Banco do Brasil de Ribeirão Preto, assentadas e acampadas exigem acesso justo ao crédito agrícola e financeiro. A ação destacou a carga de trabalho superior das mulheres à dos homens quando somadas as horas dedicadas ao trabalho doméstico, assim como a importância das mulheres assentadas no papel da geração de trabalho e renda no campo; na produção de alimentos saudáveis; na preservação do meio ambiente, bem como sua condição de trabalhadora, que desde muito jovem assume condições de cuidados com a família.

O coletivo de gênero do MST no Pontal do Paranapanema/SP realizou um ato na manhã de sexta (8) em frente ao Banco do Brasil de Mirante do Paranapanema. A ação contou com cerca de 60 mulheres acampados e assentadas de toda a região, que ocuparam a frente do Banco do Brasil com o objetivo de pressionar o Estado para a criação de políticas públicas voltadas à produção das mulheres.

Centro-Oeste

Brasília e Entorno

Na manhã desta sexta-feira (8), cerca de 300 Mulheres Sem Terra realizaram um protesto em frente à Embaixada de Israel, em Brasília, para denunciar a política perversa e prática genocida que o Estado de Israel impõe sobre o povo palestino. A ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra no DF e Entorno, que na quinta-feira (7) contou com um momento de estudo e debate entre as Mulheres Sem Terra. Ainda nesta sexta-feira (8), foi realizado um ato na Superintendência Regional do Incra, em Brasília.

Foto: Camila Araújo

Em caráter integrado das lutas internacionalistas, no dia 10 de março, as Mulheres Sem Terra também participam das mobilizações em rede contra o imperialismo, em conjunto com as lutas das mulheres camponesas ligadas à Via Campesina, com o lema: “Mulheres enfrentando o imperialismo! Não nos calarão!”.

Goiás

Em Goiás, aproximadamente 200 mulheres Sem Terra foram até o Incra SR-04, em Goiânia, para reivindicar seus diretos. Desde outubro de 2023 as famílias do MST no estado estão aguardando respostas em relação as reivindicações para a retomada de ações da Reforma Agrária. As mulheres seguiram para um ato unificado do #8M com concentração na Praça da Catedral e ocuparam as ruas da cidade em marcha.

Mato Grosso do Sul

Neste 8 de março, mulheres do assentamento Itamaraty, em Ponta Porã (MS), organizaram uma marcha contra a violência, na luta contra violência e reivindicando Reforma Agrária Popular já!

Mato Grosso

No Mato Grosso, as mulheres Sem Terra ocuparam a sede da Assembleia Legislativa em Cuiabá, na manhã desta sexta-feira (08), com a participação de 200 mulheres do campo, das águas, florestas e cidades oriundas das várias regiões. As mulheres denunciaram a atuação de deputados estaduais que colaboram para a perpetuação da violência no campo e cidade contra as mulheres.

Foto: Vytoria Pachione

As mulheres pautam a inconstitucionalidade do Projeto de Lei Nº 12.430/2024, de autoria do deputado Claudio Ferreira, que relativiza os direitos sociais historicamente conquistadas pela classe trabalhadora, amplia a potencialidade dos conflitos e violência no campo e não resolve o problema das/os trabalhadoras/os precarizadas/os que necessita de políticas assistenciais. Elas repudiam as práticas misóginas de outro deputado da Assembleia Legislativa do Estado, que no auge de seus delírios comparou as mulheres à “vaca”. Por esta postura, como tantas outras, o Estado do Mato Grosso é considerado um dos mais violento contra as mulheres, e em 2023 teve a mais alta taxa de feminicídio do país.

Rondônia

Em Ji-Paraná, Rondônia, cerca de 150 pessoas de vários municípios de Rondônia uniram-se para discutir os desafios das políticas de saúde. A Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina destacou a importância das práticas integrativas no SUS, com representantes governamentais e importantes intervenções.

Amazônica

Maranhão

No Maranhão, 300 Mulheres Sem Terra protestaram no Palácio dos Leões, em São Luís. As mobilizações de rua iniciaram ao alvorecer deste 8 de março, em frente ao Palácio dos Leões, sede do Governo do Estado, onde as mulheres foram barradas pela Polícia Militar.

Em denúncia às violências que afetam diretamente a vida das mulheres, elas destacaram as alterações na Lei de Terras do estado, que favorece a grilagem e a violência no campo, além da falta de investimentos na agricultura familiar, as precárias condições de ensino nas escolas do campo e a falta de ferramentas de combate à violência contra as mulheres. Ao final do ato, foi protocolada uma carta ao desembargador presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, requerendo medidas urgentes e alertas aos impactos da Lei da Grilagem.

Foto: Mariana Castro

Pará

Na capital Belém, mulheres Sem Terra integraram a marcha “Da Amazônia à Palestina, Nenhuma à Menos”. A manifestação foi realizada pela Frente Feminista em solidariedade às mulheres Palestinas e o MST fez sua intervenção em frente a sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Belém. Após horas de ocupação, Raí Moraes, superintendente do Incra em Belém, aceitou se reunir com as mulheres Sem Terra.

Foto: Carlinhos Luz

Tocantins

No Tocantins, as mulheres Sem Terra participaram do ato unificado pelo 8M durante esta quinta (7), e se reuniram na data do 8 de março em Palmas, no Parque dos Povos Indígenas. As diversas atividades contaram com ato público em debate das políticas de gênero no estado, feira, sarau e roda de conversa, organizado por diversos movimentos, sindicatos e organizações.

Roraima

No estado de Roraima, o coletivo de mulheres do MST vem se organizando para a mobilização da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres desde o último dia 22 de fevereiro, quando se reuniu na secretaria estadual do MST, em Boa Vista, onde foram realizadas atividades formativas. Também houve uma marcha neste 8 de março, com cerca de 150 mulheres entre campo e cidade, iniciando na Praça Germano Sampaio, na Capital Boa Vista, em ato unificado de movimentos, partidos de esquerda e Estudantes Universitários.

Nordeste

Bahia

Mulheres Sem Terra de diversas regiões da Bahia realizaram, entre os dias 06 e 08, um grande acampamento na capital baiana, Salvador. Centenas de mulheres de coletivos e movimentos sociais e populares ocuparam um trecho da avenida Paralela, uma das principais vias da cidade de Salvador, em denúncia e protesto contra as violências que atingem o campo e a cidade. As mulheres também denunciaram a crescente onda de violências que continua em diversos territórios do estado, o que resultou nos últimos meses no assassinato de duas lideranças mulheres: a Mestra Nega Pataxó, na retomada de território pelo povo Pataxó Hã Hã Hãe, e a Mãe Bernadete, que há anos também reivindicava seu território.

Fotos: Cadu Souza

Mais de 300 mulheres Sem Terra ocuparam ainda pela manhã um trecho da BR 101, próximo à Escola Popular Egídio Brunetto. O ato teve o intuito de chamar a atenção da sociedade para as pautas de luta das mulheres do campo e da cidade, além de denunciar as diferentes formas de violações enfrentadas.

Alagoas

Em Alagoas, o acampamento Dandara dos Palmares, reuniu mulheres Sem Terra de todas as regiões de Alagoas em Maceió entre os dias 6 e 8 de março. As mulheres Sem Terra participaram da marcha das mulheres do campo e da cidade, em um grande ato integrado na capital Maceió contra todas as violências e em defesa da vida das mulheres.

Rio Grande do Norte

Na manhã da quinta-feira (7), 400 mulheres camponesas de diversas regiões do Rio Grande do Norte deram início à Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra marchando com determinação na defesa de seus corpos e territórios. A caminhada saiu do IFRN, em Natal, e seguiu até o INCRA, onde as camponesas ocuparam o órgão como forma de reivindicar orçamento para a Reforma Agrária no país e também o fortalecimento do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA), das políticas públicas para a juventude no campo e do crédito fundiário para as famílias.

Foto: Morgana Souza

Nesta sexta-feira (08) as mulheres Sem Terra seguiram em marcha da sede do INCRA, onde estavam acampadas, até a sede do Governo do Estado, em um ato de resistência e cobrança ao governo para a efetivação da pauta da Reforma Agrária.

Piauí

Em Teresina, as Mulheres Sem Terra realizaram na manhã desta sexta (8), uma marcha rumo ao Incra, tendo como pauta a reivindicação do orçamento para a Reforma Agrária, junto ao governo do estado.

Paraíba

Um grupo de mulheres do MST e da Comissão Pastoral da Terra (CPT) foi recebido, na quinta-feira (7/3), pelo superintendente do Incra na Paraíba, Antônio Barbosa Filho. Cerca de 400 agricultores ligados aos movimentos e às comunidades quilombolas, a maioria mulheres, acamparam na sede do Incra/PB, na capital em João Pessoa, como parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres.

Além da entrega de uma pauta unificada com reivindicações, os movimentos aproveitaram o encontro de mulheres de assentamentos da reforma agrária, de acampamentos e de comunidades quilombolas de todas as regiões do Estado para promover o Seminário Estadual das Mulheres Camponesas em uma estrutura montada com tendas no estacionamento do Incra/PB.

Sergipe

As mulheres Sem Terra de Sergipe se reuniram nesta sexta (08), na Praça da Bandeira, em Aracaju, em celebração à Jornada Nacional das Mulheres Sem Terra. Na ocasião, as mulheres seguiram até o Palácio Olímpio Campos, na tentativa de entregar ao governador do Estado o Plano Estadual da Agricultura Familiar Camponesa de Sergipe.

Foto: Comunicação MST-SE

Pernambuco

As mulheres de Pernambuco, neste dia 8 de março, realizaram um ato e entregaram uma pauta com as demandas das mulheres do campo, em uma reunião na Superintendência do Incra de Pernambuco, localizada em Recife.

As Sem Terra pernambucanas das Regionais vale do São Francisco, sertão Central, Sertão do Pajeú, Sertão do Araripe e São Francisco, junto a outros movimentos sociais, sindicais e de fé, partidos políticos e lideranças comunitárias, ocuparam as ruas de Petrolina, no sertão pernambucano reafirmando as bandeiras de lutas contra o feminicídio e as diversas violências de gênero no campo e na cidade.

Foram entregues requerimentos à CODEVASF e ao INCRA, tendo como principais reivindicações: A criação da Superintendência do INCRA, liberação dos créditos – fomento Mulher, Jovem, Semiárido e quintais produtivos- outorga para abastecimento de água para irrigação, desenvolvimento de projetos produtivos, agroindústria e formação continuada para as mulheres, vistorias e compra de terras para assentar as famílias acampadas.

Ceará

Foto: Aline Oliveira 

Desde a madrugada de quinta-feira (07), cerca de 600 mulheres Sem Terra estão acampadas na sede do Incra, em Fortaleza, no Ceará. A jornada tem por objetivo reivindicar a retomada da Reforma Agrária no estado, denunciar as violências e garantir as diversas pautas relacionadas a melhoria de vida no campo, em especial das mulheres assentadas e acampadas. Na manhã de sexta (08), dia de luta das mulheres Sem Terra, o coletivo de saúde organizou a doação de sangue no Hemocentro de Fortaleza.

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