O reconhecimento da coordenação da 6ª SSB iniciou com a Rede Jubileu Sul que auxilia “como a vida concreta é impactada pela dívida pública”, indicou Sandra Quintela, economista e educadora popular da coordenação da Rede, no momento da homenagem.
Escrito por: Pe. Tiago Barbosa, Pascom Sul 1 da CNBB e 6ªSSB
Fotos: Nívea Martins, CáritasBr e 6ªSSB
O final da tarde de ontem, dia 21, foi de homenagens aos frutos das Semanas Sociais Brasileiras (SSBs) que, desde 1991, enquanto ação da Igreja no Brasil com a pastorais sociais, movimentos populares e organizações da sociedade civil, constituem um mutirão ecumênico e inter-religioso entre os povos em favor da vida.
O reconhecimento da coordenação da 6ª SSB iniciou com a Rede Jubileu Sul que auxilia “como a vida concreta é impactada pela dívida pública”, indicou Sandra Quintela, economista e educadora popular da coordenação da Rede, no momento da homenagem. “Quanta luta que não pode ser esquecida, mas reassumida por todos nós”, ressaltou dom Guilherme Antônio Werlan, bispo diocesano de Lages–SC, “que seja uma comemoração de compromisso de mais 25 anos”, concluiu ao entregar os presentes de felicitações ao movimento que é resultado da 3ª SSB.
As três décadas do Grito dos Excluídos e das Excluídas, fruto da 2ª SSB, também foram lembradas em modo de homenagem. “O trabalho do Grito pelo Brasil não tem preço; é muita gente envolvida; muitos articuladores no Brasil inteiro”, destacou Karina Pereira da Silva, da coordenação nacional do Grito dos Excluídos.
Considerado ‘decano’ da SSB, Ivo Poletto, do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social, em nome das SSBs, enfatizou a precarização do trabalho, que, no início da década de 90, foi percebida tendo o ‘Grito’ como resposta para o momento. “Era fundamental chamar os excluídos e excluídas para serem protagonistas junto conosco. Sem isso, não poderíamos continuar”, disse ao fazer referência à Campanha da Fraternidade (CF) de 1995 que levou a Igreja no Brasil a encarar a temática. “30 anos de profecia. Parabéns!”, concluiu.
As homenagens também se estenderam ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) por ocasião de seus 40 anos de atuação na articulação e organização dos trabalhadores rurais e a sociedade para conquistar a Reforma Agrária e um Projeto Popular para o Brasil.
“São 40 anos de história daqueles, de fato, excluídos da sociedade que essa parcela da Igreja ajudou a integrar”, afirmou a dirigente nacional do MST, Salete Maria Carollo, sobre o ‘sonho de conquistas de terra de 400 mil famílias’ ao longo das quatro décadas do Movimento. Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, Administrador Apostólico da Prelazia de Itacoatiara–AM e presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT) conduziu a homenagem ao MST.