A cartilha mostra claramente os gastos exorbitantes que estão sendo efetuados nas doze cidade-sede da Copa, evidenciando o envolvimento dos estados com gastos públicos que bem poderiam ser empregados em outras necessidades mais urgentes no país.
De acordo com os dados,o Brasil sediará uma das Copas mais caras de todos os tempos. A Copa do Japão e da Coréia (2002) custaram 4,6 bilhões de dólares, a da Alemanha (2006), 3,7 bilhões de euros e a da África do Sul (2010), US$ 3,5 bilhões. Estimativas, em 2007, já apontavam que o Brasil faria a Copa mais cara da história com um orçamento de US$ 6 bilhões, que na época equivaliam a R$ 10,6 bilhões. Em janeiro de 2010, o Ministério do Esporte estimou o gasto total com a Copa em R$ 20,1 bilhões. Em 2014, a estimativa é que esses gastos já aumentaram significativamente.
Pesa ainda sobre o megaevento esportivo, o descontentamento da população brasileira. Uma pesquisa realizada em fevereiro deste ano, pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) apontou que somente 26,1% dos e das brasileiras apoiavam a Copa.
Além disso, desde que foi o Brasil foi anunciado como país para sediar o megaevento foram várias as violações registradas contra a população até os dias de hoje. Remoções forçadas, “higienização” social, proibição do trabalho de ambulantes, uso de força policial em manifestações, criminalização dos movimentos sociais, exploração de mão de obra, entre outras.