Por Marcos Arruda*
No plano tático: “qual a probabilidade de Haddad ganhar e levar? O cenário dominante é sombrio, mesmo depois de ter estourado o escândalo da fraude digital por JB. Isto porque o desencadeamento legal das investigações depende de duas instituições: o TSE e STF.
Sem que o TSE interfira imediatamente, suspendendo o segundo turno ou anulando as eleições até que se completem as investigações e se julgue e puna os responsáveis, a tendência será que JB ganhe e leve a Presidência, e seus satélites – como Wilson Witzel no ERJ – também. Repito: só se o TSE agir imediatamente é que será possível impedir a vitória do bloco neonazifascista.
Dois focos de pressão para a ação do bloco democrático são o adiamento do segundo turno ou a anulação das eleições por forte suspeita de fraude.
No caso de vitória neonazista, abre-se um novo capítulo da História do Brasil, da América Latina e do mundo: o do retorno à barbárie, que talvez não poupe nem mesmo muitos dos que farão parte, por um curto período, do bloco vencedor.
Tenho uma premissa para lidar com estes cenários: a forte suspeita de que houve no primeiro turno e pode haver no segundo fraude na contabilidade dos votos. Afinal, quem contra a máquina eleitoral? São os golpistas. Se há alguém que pode garantir a derrota de Haddad, caso a fraude ideológica seja insuficiente para garantir a vitória de JB, é uma máquina eleitoral montada para a fraude na contagem dos votos.
Outra premissa provável: Já estamos vivendo fora do Estado de Direito. Tarefa urgente: tirar todas as implicações destas duas premissas e se erguerá delas à luz do dia um conjunto de cenários nada promissores para os povos, para as classes que vivem do seu trabalho, e não dos ganhos do capital.
Noutras palavras: a vitória de JB pode resultar no aprofundamento sangrento das desigualdades e injustiças e reforço ao totalitarismo de extrema direita já em expansão na América Latina e no mundo. Se alguém duvidar de que o polvo neonazista já está mirando noutros países do nosso continente, ouçam o Gen. Mourão: “a próxima missão de paz do Brasil será na Venezuela”…
O voto consciente e ético é em Fernando Haddad e na democracia!
Quem não se motiva a votar nele, que ao menos vote nulo, em vez de se abster.
*Instituto PACS, Rio de Janeiro e Instituto Transnacional, Amsterdam