O Programa Justiça Econômica lamenta profundamente a saída do programa Mais Médicos do Brasil e se soma em solidariedade a outras organizações que atuam na área de saúde, sendo firme em afirmar que saúde é direito básico de todo cidadão e cidadã brasileiros/as. Incorporado nos governos passados, a saída dos médicos cubanos do Programa deixa lacunas na cobertura de atenção à saúde pública em todo o país.
Os dados nos mostram que, uma vez mais, é a população menos favorecida economicamente que será afetada. São 8.500 médicos/as saindo do país e 2.800 municípios em área indígena, no sertão e periferias que ficarão sem o programa. Por isso, todo nosso respeito e admiração a esses profissionais que atendiam em locais onde não havia cobertura mínima.
Nesses 5 anos de atuação do programa Mais Médicos assistimos a saúde pública se fortalecer e a satisfação de milhares de pessoas tendo seus direitos constitucionais garantidos. E o que vemos agora é um sério retrocesso, num país onde o Sistema Único de Saúde, do qual 70% da população brasileira é dependente, luta para se manter.
Ao que percebemos, em nossa conjuntura atual, caminhamos em direção desenfreada para a mercantilização da saúde e da financeirização dos direitos básicos. Mas, diante de todo o ocorrido, continuaremos firmes na defesa da saúde pública para todos e todas.
Saúde é direito. Não é favor.
São Paulo, 19 de novembro de 2018.