Já fazem onze 11 anos que a Organização das Nações Unidas e seus cúmplices tomaram a decisão de invadir a ilha sob o pretexto de ajuda solidária com o povo haitiano. Há onze anos se vive sob violência, insegurança, sob a falta de certeza que o terrorismo de Estado propicia, especialmente quando este vem desfarçado de boas vontades. São onze anos da “Missão de Paz” que chegou à ilha encabeçada por esse organismo e países com a França, Estados Unidos, entre outros, numa forma somente de resguardar seus investimentos, mesmo os que são ilegelítimos,que geram uma dívida ecológica, social e econômica que matém este país em xeque. Completam-se 11 anos desde que a ONU deicidiu violar a soberania de um país, militarizando-o, violentado-o, ocupando-o de maneira ilegal, gerando mais problemas do que solucionando-os.
A violência sexual, física é parte desta ocupação que tem durado mais de uma década. Suas histórias são verdadeiros exemplos da decadência de um modelo em crise, de um sistema que não se importa com nada, nem com niguém, mais do que sua própria sobrevivência.
Contudo, estes onze anos de ocupação ilegítima também são um exemplo de avanços, exemplos para não se dar por vencido. Esta década deixou claro que os haitianos estão vivos, estão resistindo ao terrorismo do Estado mesmo com tudo contra eles. Estão seguindo na luta. Para nós, mexicanos, que já há alguns anos estamos começando a viver uma violência similar, temos um estado que reprime o protesto social, que assassina, que condena, que desaparece com um cinismo que só o terrorismo de Estado lhes pode dar, você são um exemplo de luta, um exemplo de dignidade.
Daqui do México, povo que encontra sitiado pelo Estado, recebam um abraço de solidariedade e de apoio, bem como de união a essa demanda que já não é só uma demanda de vocẽs e sim de todos os povos do mundo: Por um Haiti livre e soberando! Fora MINUSTAH!
Jorge Tadeo Vargas
Laboratório de Pesquisa em Desenvolvimento e Sustentabilidade
Por Jubileu Sul Américas