Por Gastão Wagner de Sousa Campos*
O governo Temer agravou mais uma vez a saúde dos brasileiros e o Sistema Único de Saúde (SUS) recebeu mais um duro corte após o anúncio da Medida Provisória 839 publicada em edição extraordinária do Diário Oficial da União nesta quinta-feira, 31 de maio, que detalha o corte de gastos feito pelo governo para tentar acomodar o gasto extra de R$ 9,58 bilhões para bancar o subsídio ao diesel. Estas quatro medidas econômicas cancelam parte dos gastos de quase 50 áreas e programas, que somam R$ 3,382 bilhões. Entre os cancelamentos estão recursos que iriam para o fortalecimento do SUS, e áreas como demarcação e fiscalização de terras indígenas, políticas públicas contra as drogas, políticas para juventude, violência contra mulheres, fortalecimento do SUS, educação do campo e saneamento básico.
No detalhamento que está no decreto, é possível ver os valores retirados dos programas: Gestão de Políticas Públicas de Juventude ; Políticas de Igualdade e Enfrentamento à Violência contra as Mulheres ; Demarcação e Fiscalização de Terras Indígenas e Proteção dos Povos Indígenas Isolados; Redes de Cuidados e Reinserção Social de Pessoas e Famílias que Têm Problemas com Álcool e Outras Drogas; Saneamento Básico – Construção e adequação de sistemas de abastecimento de água em comunidades ribeirinhas / Construção e adequação de sistemas públicos de esgotamento sanitário em comunidades ribeirinhas e claro, cortes no programa de Fortalecimento do Sistema Único de Saúde.
A Abrasco conclama a Saúde Coletiva para manifestações contra esta medida que retira os recursos das áreas sociais e dos programas voltados para os mais carentes.
*Presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO )