Nesta sexta-feira, 28 de abril, o Brasil vai parar. Trata-se de um momento de destaque da história recente do nosso País, pois movimentos e organizações sociais não construíam de forma unificada uma greve geral desde 1989.
Estamos vivendo um quadro de retrocessos brutais nos direitos sociais duramente conquistados ao longo do século XX.  Em poucos meses, o presidente Michel Temer se aproveita da recessão econômica para intensificar a aplicação de uma agenda de privatizações e de retrocesso de direitos. Nesse contexto, ganham destaque as propostas de ajuste fiscal. Apoiado por um Congresso Nacional de maioria ultraconservadora, o Governo Temer recoloca em pauta uma agenda de privatizações dos serviços públicos, agora sob a forma de parcerias público-privadas (PPP); reforma da previdência; flexibilização das leis trabalhistas e do licenciamento ambiental para grandes projetos de desenvolvimento, e aprofundamento do ajuste fiscal através da PEC 241 (PEC 55 no Senado Federal). A PEC 55 muda a Constituição para congelar os gastos sociais e de gestão do Estado pelos próximos 20 anos. Os pagamentos de juros da dívida pública, porém, não foram cortados, embora formem quase metade do total das despesas anuais do orçamento da União.
Nós, trabalhadoras e trabalhadores do Instituto Pacs, apoiamos de modo irrestrito a construção da greve geral. Em mais de 30 anos de história, sempre estivemos comprometidos e comprometidas com as lutas de resistências contra o avanço dessas políticas sobre os territórios periféricos, contra a violência contra as mulheres, que sempre denunciamos o peso do endividamento público sobre as políticas sociais, os impactos dos megaeventos esportivos contra o direito a se viver bem nas cidades. Isso ao mesmo tempo em que apostamos na importância da construção de alternativas a esse sistema que degrada e mata.
O Brasil vive hoje sob um golpe. Um golpe midiático, judiciário e parlamentar contra o povo brasileiro.  O quadro é gravíssimo.
Diante disso, no dia 28 de abril estaremos nas ruas e convidamos você a estar junto conosco – somando-se a movimentos populares, comunidades eclesiais de base, organizações críticas da sociedade civil que atuam de forma crítica e inovadora, coletivos de educação popular e economia solidária, negros, mulheres e jovens.
O Instituto Pacs se soma a esse processo de ascenso da resistência, fundamental para a derrota desse governo golpista, e para que possamos continuar a construir um caminho de esperança para o povo oprimido e  empobrecido desse país.
Que as velas içadas no calor do povo, organizado na rua, levem-nos sempre para mais perto da utopia de um mundo de justiça, equidade e paz verdadeira!
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